visão pentecostal dom de línguas

A quest?o do dom de l?nguas nunca foi um ponto pac?fico nem no meio pentecostal, afirma o pastor Ricardo Gondim, presidente da Igreja Assembl?ia de Deus Betesda. No in?cio do movimento, o dom de l?nguas era visto como um dom milagroso concedido por Deus para a evangeliza??o, diz ele. Segundo o pastor, h? relatos de pessoas que testemunham ter recebido o dom de proclamar a Palavra de Deus em idiomas estrangeiros que nunca haviam estudado.


Mais tarde, o movimento pentecostal e se dividiu; novas concep?es sobre o dom tamb?m surgiram. Para a maioria dos pentecostais, o dom de l?nguas passou a ser visto como uma evid?ncia f?sica do batismo do Esp?rito Santo – concep??o que tende a criar duas "classes" de crist?os. "Mas h?, atualmente, te?logos pentecostais, como Gordon Fee, que embora n?o rejeitem essa experi?ncia como sinal do Esp?rito, n?o a v?em como obrigat?ria", diz Gondim. Ele atesta que a terceira gera??o de pentecostais j? n?o demonstra o fen?meno com a mesma freq??ncia – e nem por isso ? "menos pentecostal" do que os crist?os de gera?es anteriores…


Para o pastor da Betesda, o dom de l?nguas foi uma grande contribui??o do movimento pentecostal para a cristandade, expressando que a experi?ncia religiosa transcende a racionalidade. Hoje, por?m, o dom de l?nguas tem sido banalizado e at? instrumentalizado. Ele percebe, com tristeza, que existe at? quem busque "produzi-lo" artificialmente, por meio de cerim?nias com forte apelo emocional, ou exibi-lo no p?lpito. Para Gondim, esse dom – que ele pr?prio recebeu – ?, sobretudo, uma experi?ncia de edifica??o pessoal. "N?o exer?o o dom de l?nguas em p?blico. ? uma experi?ncia de vida devocional que ? relevante para mim, assim como a ora??o contemplativa e meditativa. ? uma capacita??o para o exerc?cio do minist?rio. O dom de l?nguas, assim como os demais dons do esp?rito, s?o capacita?es divinas para que a Igreja possa ser mission?ria".


Elienai Cabral J?nior, pastor da Assembl?ia de Deus Betesda em Fortaleza, Cear?, tamb?m manifesta o dom de l?nguas em sua vida devocional. E tamb?m n?o v? o dom recebido como sinal de poder, prest?gio e orgulho. "? um sinal de fraqueza, humildade e esvaziamento. Falamos l?nguas que sequer conseguimos entender (1Co 14.14). Isto que recebemos de Deus, por sua gra?a, a salva??o em Cristo ? algo t?o superior a n?s, t?o acima de nossos m?ritos e habilidades que sequer conseguimos fazer caber em nossa linguagem. Outras l?nguas s?o as que falam com satisfa??o, mas apenas para o ?ntimo de quem fala. Aquele que fala em outras l?nguas ? lembrado e torna-se um lembrete de Deus de que ? limitado. De que o Reino do qual participa n?o foi conquistado por suas habilidades e, portanto, quem quer que dele participe precisar? depender do Esp?rito Santo de Deus, o Outro Consolador que nos guiar? em todas as coisas", explica ele.


Segundo o pastor Elienai, a descri??o da igreja pentecostal em Atos n?o ? de uma igreja potente e imponente, mas de uma comunidade de irm?os que se amavam concretamente, como se descreve em Atos 2.44-47.? a igreja que tem Jesus como modelo: "No deserto, Jesus recusou-se ao poder de conquistar o mundo em fama e gl?ria, de ter uma imagem brilhante de poder: tudo isto de darei se prostrado me adorares. O poder que veio exercer n?o atrairia o mundo pela gl?ria e fama, mas pela graciosa entrega de si mesmo em amor".

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