Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 07/10/2010

Assassinato de Adolescentes e Jovens: Causa Missionária da Igreja

Pesquisa recente realizada com base em dados do Ministério da Saúde e do IBGE traz informações com índices estatísticos aterradores no que se refere ao assassinato de adolescentes e jovens entre 12 e 18 anos no Brasil. E no epicentro deste conflito, como ponto da superfície da terra diretamente acima do foco de um terremoto de grandes proporções estão o Estado e a cidade do Rio de Janeiro.

A pesquisa considera as 267 cidades com mais de 100 mil habitantes e constata que 33.504 jovens de 12 a 18 anos serão vítimas de assassinato entre 2006 e 2012 no Brasil, caso as taxas de homicídio de 2006 permaneçam inalteradas. De todos os jovens mortos em 2006, 45% foram vítimas de assassinato.

Se levarmos em consideração somente os dados relativos à cidade do Rio de Janeiro, veremos que sozinha responde pelo maior número absoluto dentre as demais cidades pesquisadas no país: 3.423 (10% do total) de jovens com menos de 19 anos morrerão até 2012.

Com relação ao restante do Estado do Rio, os fatos apontam que 4.402 adolescentes entre 12 e 18 anos vão morrer em sete anos apenas em quatro cidades: Caxias, Itaboraí, Cabo Frio e Rio de Janeiro. A cidade de Resende aparece com o maior risco de homicídio à mão armada contra jovens no estado.

A gravidade do quadro apresentado sobre assassinato de jovens e adolescentes em nosso Estado torna-se ainda mais claro se o compararmos com os dados referentes à cidade de São Paulo levantados pela mesma pesquisa.

São Paulo, a maior cidade do país, tinha 1.404.014 adolescentes de 12 a 18 anos em 2006, contra 696.242 no Rio. Mesmo tendo mais do que o dobro da população de jovens, São Paulo registrou quase metade das vítimas. O levantamento projeta que 3.423 jovens cariocas serão assassinados até 2012 ante 1.992 paulistas, caso as taxas de 2006 não sofram alteração.

Estes dados demonstram ainda que a morte alcança nossos jovens não de forma igualitária, atingindo a todos indiscriminadamente. Ela se dá de forma seletiva, assumindo contornos que chegam a ter requintes de crueldade.

A probabilidade de ser vítima não é a mesma para toda a população. Rapazes tem 11,91 vezes mais risco do que moças; negros, 2,6 vezes mais risco do que brancos. A faixa etária com maior incidência de assassinatos vai dos 19 a 24 anos.

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