Diante de tantos atrativos nos meios de comunica??o dispersando a aten??o das crian?as e envolvendo-as com surpresas as mais variadas, ? preciso esfor?ar-se para despertar seu interesse pelo estudo da B?blia. Como promover isto? Como prender a aten??o da crian?a e ajud?-la a colocar em pr?tica o que aprendeu? Algumas pistas poder?o nos auxiliar:
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- A crian?a precisa familiarizar-se com a linguagem b?blica e, por isso ? necess?rio que, em algum momento, ela ou?a o relato como ele est? registrado.
- As palavras do texto precisam ser compreendidas. N?o adianta continuar contando o encontro de Jesus com a mulher samaritana se ela n?o souber o que ? c?ntaro, por exemplo; ou o que significa samaritano.
- ? necess?rio contextualizar o fato b?blico. Por exemplo: quando Jesus quis ensinar sobre a necessidade de n?o cultivarmos a ansiedade, procurou mostrar coisas concretas para as pessoas que lhes fizessem pensar: E dizia: -"Voc?s percebem que as aves do c?u n?o se preocupam com o alimento de que necessitam e nem os estocam?"
- As situa?es apresentadas na B?blia precisam ser trazidas para os nossos dias e comparadas. Ao narrar o encontro de Davi e o Gigante Golias, por exemplo, al?m da explica??o de quem eram os filisteus e os israelitas, e as causas da guerra travada entre eles, ? necess?rio dar a id?ia do tamanho do gigante, sua for?a, suas armas, relacionando isto com algo concreto assimil?vel para os pequenos como: o gigante era t?o alto e forte que seu tamanho podia ir do ch?o dessa sala at? no teto! J? pensaram no tamanho dos seus bra?os, na sua for?a? Sempre que poss?vel, levar figuras ilustrativas, flanel?grafos, ou solicitar que desenhem algum personagem da hist?ria.
- Promover dramatiza?es dos textos. Sugest?o: Leia a narrativa do "Cego de Jeric?" (Mc 10.46-52). Pergunte quem gostaria de fazer o papel do cego, de Jesus, da pessoa que vai chamar o cego. As outras crian?as far?o o papel da multid?o que dizia ao cego: -"Cala a boca! N?o perturbe ou n?o amole o Mestre!" Providencie um tapa-olho ou len?o para o cego e tamb?m um pano para ser a capa de seus ombros. Conte o contexto da vida de uma pessoa com alguma defici?ncia naquele tempo. Ela n?o podia trabalhar, nem ir ao templo de Jerusal?m e era considerada pecadora (ou maldita). V?rios textos b?blicos podem ser dramatizados com a participa??o ou n?o de todas as crian?as como as Par?bolas (Lucas 15; Lc 18.1-14 e 15-17; Lc 10.25-37), a oferta da vi?va pobre (L 21.1-4); Uma li??o de humildade (Jo 13.12-17).
- Fazer a leitura compartilhada do texto como o de Lc 8.22-25. Algu?m faz o papel de narrador, outra pessoa l? as falas de Jesus e os demais, o que os disc?pulos disseram.
- Providenciar algumas coisas como uma cestinha com p?es, uma vassoura ou lanterna, uma moeda. Escrever no quadro ou cartaz os textos b?blicos que mencionem esses objetos e permitir que as crian?as fa?am a correspond?ncia. Aumentar a dificuldade de acordo com o grupo. (Jo 6.1-13; Lc 15.8-18; Mt 22.15-22),
- Sempre que poss?vel, mostrar algo concreto que as crian?as possam pegar, sentir, cheirar ou degustar para introduzir um assunto como uma flor, o sal, o mel, um espelho, l?mpada, dinheiro, moedas, pedras ou rochas e areia, sementes, e outras coisas como um sapato bem pequeno ou bem grande por exemplo. Solicitar que andem com ele pela sala. Pe?a-lhes para dizer se sentiram conforto ou bem estar. Imaginem se tivessem de andar por muito tempo? Explicar que muitas vezes n?o entendemos as rea?es das pessoas porque n?o estamos no seu lugar. Quem sabe elas est?o com sapatos de tristezas, de dor, de preocupa?es ou de raiva de algu?m? Por isso Jesus ensinou: "N?o julgueis e n?o sereis julgados." (Mt 7.1).
- O uso de hist?rias b?blicas em v?deo s? tem sentido se puderem ser recontadas pelas crian?as e retiradas as d?vidas ou mal entendidos. Elas n?o devem interferir totalmente no imagin?rio infantil ao ponto de n?o permitir alternativas para o desfecho ou a?es. Uma sugest?o ? brincar com elas sugerindo que d?em outro final poss?vel para o Filho Pr?digo, por exemplo, se ele n?o houvesse se arrependido. E se o irm?o tivesse entrado para a festa tamb?m?
- N?o se pode esquecer que as crian?as t?m dificuldade de entender conceitos como os de respeito, rever?ncia, adora??o, confiss?o… e uma sugest?o ? lev?-las a uma "excurs?o" pelas depend?ncias do templo mostrando-lhes a cruz e o seu significado, quem esteve crucificado ali por n?s, porque ela est? vazia agora. Explicar a raz?o do p?lpito, do genuflex?rio, dos elementos da Ceia e o que eles nos fazem recordar. O papel dos instrumentos musicais no louvor e adora??o, qual a utilidade dos aparelhos de som e como usar os microfones.
- As crian?as de cidades grandes muitas vezes n?o conhecem o que sejam ovelhas, porcos, galinhas com seus pintinhos, diferentes aves e p?ssaros, flores, plantas, ?rvores, serpentes, peixes que s?o mencionados
em textos b?blicos. Ajudar? bastante a promo??o de passeios ao Jardim Zool?gico, ao Jardim Bot?nico ou a outros lugares onde poder?o estar em contato direto com alguns dos elementos que ser?o citados nas li?es.
- As pessoas respons?veis pela ministra??o das li?es devem se preparar n?o s? em ora??o, mas providenciar, com anteced?ncia, o que precisar? usar para que as aulas sejam agrad?veis, interessantes e tenham valido a pena participar.
- Um jeito de facilitar a memoriza??o de um texto ? cont?-lo de maneira compartilhada. O texto ? lido e explicadas as palavras menos conhecidas. Na Pesca Maravilhosa (Jo 21.1-14), o coordenador/a inicia a primeira senten?a e ap?s, cada crian?a acrescenta os fatos ocorridos em seq??ncia at? o final, com suas pr?prias palavras. Assim: "Um dia, depois que Jesus j? havia sido crucificado, sepultado e ressuscitado, os seus disc?pulos resolveram ir pescar". Ent?o Sim?o disse: … (Permitir que uma crian?a fale). E o que aconteceu? As outras crian?as v?o acrescentando cada fato observando-se a que horas ocorreu, onde, como, o n?o reconhecimento de Jesus, a obedi?ncia dos disc?pulos, a surpresa da pesca, o final da narrativa com o lanche preparado por Jesus.
- Para a conclus?o dos estudos podem ser usadas ora?es comunit?rias nas quais as crian?as expressam gratid?o: -"Senhor, eu te agrade?o porque…."; de s?plicas: "- Senhor, eu te pe?o que…." ; de compromisso: "Senhor, ajude-me a ser mais…"
- H? que se ter muito cuidado na apresenta??o de Deus para os seus pequeninos. Deus deve ser apresentado n?o como algu?m que castiga, ou fica sempre de olho para ver se estamos fazendo algo ruim. ? necess?rio apresent?-Lo como algu?m que nos ama como Pai e como M?e. Algumas crian?as s?o ?rf?s de um dos pais ou pertencem ao grupo de fam?lias desestruturadas. Elas precisam ter a seguran?a que Deus tem seus nomes gravados nas palmas de Sua m?o e nunca as esquecer? (Is 49.15-16), ainda que um de seus pais o fa?a.
- Procurar guardar o nome de cada crian?a e descobrir os problemas que lhes afligem fazem parte da fun??o dos educadores crist?os. Jesus conhecia as pessoas e tamb?m nos conhece e sabe de nossas limita?es. O importante ? fazer tudo o que nos ? poss?vel porque um dia Ele nos escolheu e temos respondido afirmativamente ao Seu chamado.
Que Deus nos aben?oe!
Z?lia Santos Constantino