dia das mães josé do carmo

Para n?o dizer que n?o falei das flores, quais flores? As m?es, ora!


O amor ? sentimento que nos consome.


O amor ? virtude que quando toma forma, s? pode ter um ?nico, pequeno, mas sublime nome: M?e.


Falar de amor ? falar de m?es, falar de m?es ? falar de amor, falar de m?es ? falar de alegrias, sofrimentos, felicidade, mas tamb?m de dores, falar de m?es ? falar da vida, falar de m?es ? falar de flores…


Estamos nos aproximando de mais um segundo domingo de Maio, portanto, dia das m?es.


Pelo avizinhar de tal data, pus me a refletir sobre a import?ncia dessas mulheres na vida de todas as organiza?es humanas. Ali?s, sem elas n?o haveria organiza?es humanas, pois nem sequer humanidade haveria. S?o mulheres que lutam, que choram, que sorriem, que amam, que oram e clamam. S?o Marias, Isab?is, Josefinas, F?timas, J?ssicas, Elianes, Jana?nas, s?o Terezas, s?o Auroras… s?o tantas m?es por este Brasil afora.


S?o elas: negras, brancas, amarelas, solteiras, casadas, vi?vas, divorciadas, dom?sticas, advogadas, professoras, pol?ticas, empres?rias, senhoras do lar, pastoras, mission?rias, episcopisas, revolucion?rias. Est?o na terra, est?o no ar, est?o em quase todas partes e lugares, pois, em algumas denomina?es ainda lutam pelo direito de pregarem e ministrarem nos altares.


Independente, da profiss?o, forma??o ou classe social, as m?es possuem um atributo, um carisma sem igual: ser co-autoras da vida. Possuem o poder de, com seu beijo, fazer passar a dor sentida. Suas l?grimas s?o b?lsamos que curam e cicatrizam feridas.


Lembro me de uma can??o popular que diz assim: M?e, tu ?s para a poesia uma meta, a musa inspiradora do poeta. E eu usei todas as palavras que disponho, mas na maior frase que a ti componho, existe algo ainda por dizer. M?e, tu tens para mim todas as virtudes, pois entregaste a sua juventude, pelo simples prazer de ter nome de m?e. Esta can??o traz muitas verdades expl?citas, verdades ineg?veis no que se refere a m?es. Contudo, por mais que se fale, por mais que se rime, se escreva, pinte ou cante, por mais que se tente, sobre m?es, existem algo mais ainda por dizer.


At? Deus o Criador do universo e Senhor de todas as coisas, para deixar bem claro o amor Dele por Israel, se comparou com uma m?e: "Porventura a mulher esquece a sua crian?a de peito, esquece de mostrar sua ternura ao filho da sua carne? Ainda que elas os esquecessem, eu n?o te esquecerei!". (Is 49.15) Tais palavras tanto do poeta secular, como do Poeta Sagrado, que pelo amor de m?e foram inspirados, dignificam e exaltam sobremaneira essa figura, esse ser que carrega em si e transmite amor, carinho, seguran?a e ternura.


O que faz de uma m?e, ser m?e, n?o ? a capacidade de gerar, mas sim o dom e instinto de amarem. Tais dons est?o presentes em quase todas as f?meas da cria??o. Certa vez, assistindo um programa de TV, o rep?rter mostrou um fato emocionante. Um fato que relata que amor de m?e ? amor que tal qual o amor de Deus excede toda compreens?o humana. Pois da mesma forma que Deus se encarnou, dando a vida por n?s, muitas m?es s?o capazes de arriscarem e at? mesmo perderem a pr?pria vida para salvarem os frutos de seus ventres:


Um celeiro de trigo de dois andares estava em chamas, o fogo havia come?ado na parte superior, chamaram os bombeiros, e com eles vieram tamb?m a imprensa para fazer uma mat?ria sobre o dia – a – dia dos "her?is do fogo". No alto do celeiro havia uma janela central tomada pelas chamas. Quando os bombeiros se aproximaram do celeiro, no ch?o, no rumo da janela estavam tr?s gatinhos. Dois estavam inc?lumes, o terceiro possu?a algumas queimaduras pelo corpo. De repente, uma bola de fogo caiu contorcendo-se aos p?s do bombeiro. Ele, sob o foco da c?mera, mas que depressa, com o extintor apagou o fogo. Bombeiro e rep?rter ficaram emocionados ao verem que a bola de fogo era a gata m?e, que para salvar seus filhos entrou quatro vezes no fogo. Por?m, da quarta vez, m?e e filho morrera, ela morreu com o filhote na boca. O rep?rter perguntou ao bombeiro: – O que leva um animal a colocar a vida em risco, entrando quatro vezes no fogo para salvar seus filhos? O bombeiro, emocionado, aplicando os primeiros socorros nos filhotes vivos, disse: – Isto ? amor, meu amigo, amor de m?e! Por que se isto n?o for amor, nada no mundo o ?!


Posso ainda citar casos noticiados pela m?dia, demonstrando o quanto o amor de m?e ? incondicional e inconseq?ente, levando m?es a porem em risco a pr?pria vida: Um garoto de sete anos foi salvo pela m?e de morrer afogado em um po?o em Franca, no interior de S?o Paulo. Gabriel Marcos Campos caiu no reservat?rio de ?gua de aproximadamente quatro metros de profundidade enquanto sua m?e, Maria Jer?nima Campos, 36 anos, pegava ?gua de uma mina pr?xima ao local. Ap?s momentos de p?nico, Maria Jer?nima, que n?o sabia nadar, pulou no po?o e retirou o garoto com a ajuda de moradores. Gabriel e a m?e passam bem.


O amor ? um sentimento singular que pulsa mais forte, se expressando no choro, no riso, na l?grima, na vida e mesmo na morte das m?es. O amor ? for?a motriz que faz com que simples e aparentemente fr?geis mulheres enfrentem at? mesmo o banditismo, a corrup??o, frieza, in?rcia e omiss?o da justi?a, como no caso das m?es de Acari, que entraram em cena a partir do dia seguinte ? noite de vinte e seis de junho de 1990, quando onze jovens pobres, em sua maioria negros moradores da favela de Acari na zona norte do Rio de Janeiro, foram seq?estrados de um sitio onde faziam uma festa. O amor de m?e serviu como combust?vel movendo as m?es desses jovens, o amor fez com que elas sufocassem o medo, n?o se deixando intimidar pelas amea?as de morte, quando buscavam o paradeiro, ou ao menos o direito de porem em um caix?o, aqueles que um dia, embalaram nos bra?os e colocavam em um humilde ber?o. Foi o amor que as impediram de desistir, motivando as de suas dores tirarem for?as, dando origem ?s "M?es de Acari".


No ano de dois mil e tr?s, Edn?ia da Silva Euz?bio, m?e de um dos jovens desaparecidos, foi assassinada em plena rua; morreu buscando justi?a, morreu por amar. E o culpado ou culpados, tanto do seq?estro e prov?vel assassinatos dos jovens, bem como de Edn?ia, at? hoje n?o foram punidos. As m?es de Acari, como as m?es da pra?a da S?, como tantas outras m?es, s?o motivadas, por esse dom peculiar, o dom de amar.


Talvez, voc? que l? este artigo se pergunte: Mas, e as m?es que jogam os filhos nas latas de lixo, nas lagoas? As m?es que abortam, as m?es que espancam, as bab?s que muitas vezes tamb?m s?o m?es, mas, espancam filhos alheios? Bem, a voc?, eu respondo que no universo de amor, onde as m?es brilham como estrelas principais, formando uma imensa constela??o, tais relatos e fatos mostrados pela m?dia n?o s?o regras, mas sim tristes exce?es, pois, nos cora?es das m?es a lei ?urea ?: simplesmente amar. Dominadas por esse sentimento que as consome, mas que tamb?m as tornam semelhantes ? f?nix, fazendo-as renascerem das cinzas. Das cinzas do abandono, legado a muitas que depois de cumprirem sua tarefa, quando se tornam av?s, duplamente m?es, recebem dos filhos e netos j? criados o esquecimento nos asilos de pobres, ou cl?nicas de ricos. Ou muitas vezes sobrevivem imersas nas cinzas da tristeza, ostracismo e solid?o, vitimas do esquecimento mesmo dentro do lar, sociedade e Igreja.


Agrade?amos a Deus por ter capacitado com o dom de amar aquelas que nos gerou no ventre ou no cora??o, nos levou nos bra?os, cujas m?os nas madrugadas balan?aram nossos ber?os, cantando uma can??o, fazendo nanar, perdendo seus sonhos, sua juventude, seu vigor e sa?de e, como muitas, at? mesmo a vida para cumprir o dom de simplesmente nos amar.



A todas voc?s um feliz dia das m?es.



Pr. Jos? do Carmo da Silva (Z? do Egito)


Igreja Metodista de F?tima do Sul – MS.

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