Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Dia do pastor

  ...antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós... 1 Pedro 3.15 

 

O Encontro Nacional de Pastores e Pastoras foi uma rica oportunidade de rever amigos, matar saudades, trocar experiências pastorais. Foi, também, oportunidade de testemunhar a própria fé e, assim, alimentar a fé de companheiros e companheiras de jornada. Foi o que fizeram os pastores José Fabrício e Emanoel.  Por meio de suas experiências de vida, nossa homenagem ao pastores e pastoras em seu dia: 13 de abril.

 

 

Das grades para o púlpito

 

"Eu achava que não teria salvação. Era uma alma cansada".

 

 

  

     Pr. José Fabrício

Em 1983, aos 20 anos de idade, o paranaense José Fabrício foi preso por homicídio, como resultado de muitos anos de raiva e desamparo. Aos 12 anos de idade, ele presenciara o assassinato do pai. Jurou que vingaria sua morte. Contudo, uma pessoa que não tinha nada a ver com sua história lhe atravessou o caminho. Discutiram. José estava armado. O resultado foi a tragédia.

Condenado a 12 anos de cadeia, José Fabrício não tinha esperança. "Eu achava que não teria salvação. Era uma alma cansada".  Mas havia uma Igreja Metodista em sua cidade que amparava os detentos e suas famílias. Ele começou a receber cartas de conforto e orientação da uma irmã de sua igreja. E foi dentro do presídio que José Fabrício encontrou Jesus, a paz e a esperança para viver. Decidiu se tornar pastor metodista e começou a pregar ainda na prisão. "Então aconteceu um milagre", diz ele. "Minha pena foi reduzida de 12 anos para seis. Saí da cadeia direto para um encontro de jovens em Telêmaco Borba, ainda cheirando a grade. A Igreja me acolheu e fiz seminário em Londrina. Fui gerado onde abundava a morte. Saí das grades para o púlpito. Fui abençoado. E Deus ainda me deu a filha do carcereiro, que é minha esposa. Hoje, quando os detentos me chamam para pregar na cadeia, eles dizem: Chama o nosso ex-colega! Você também é chamado a pregar a seus ex-colegas de boteco, de mentira, de prostituição..."

José Fabrício Bahls, pastor da Igreja Metodista em Bandeirantes, Paraná.

 

 

 

 

Hino de três notas só

"Deus trabalhou em minha vida. Diante de uma sociedade que exclui mulher, pobre..."  

 

 

Pr. Emanoel

 Emanoel nasceu no agreste pernambucano, na cidade de Limoeiro e, desde muito cedo, conviveu com pobreza e carência. "Meu pai era pipoqueiro. Morreu com 30 anos de idade. Eu tinha apenas nove anos, e era o filho mais velho".  A história de Emanoel poderia ter seguido um caminho de exclusão e marginalidade muito semelhante ao de milhões de outras crianças carentes brasileiras, não fosse a ação da Igreja Metodista e, especialmente, do missionário David Blackburn. Emanoel se recorda com carinho do missionário que chegou com uma kombi e fez o culto em sua casa. Então, implantou um projeto denominado "Mães Sozinhas com Crianças", que deu novo rumo para sua família. "Deus trabalhou em minha vida. Diante de uma sociedade que exclui mulher, pobre e sem marido, minha mãe percebeu, por meio da ação da Igreja, que ela poderia criar, educar e transmitir o Evangelho a seus filhos". Emanoel começou a trabalhar na Igreja. Ele se diverte lembrando que tocava todos os hinos da igreja com as únicas três notas musicais que conhecia. A Igreja o ouvia e o apoiava "com misericórdia"...

"Então, eu senti o chamado do pastorado. E ouvi o conselho: Se você quer ser pastor, vá para a Faculdade de Teologia. Eu tinha medo de sair da minha terra, sozinho para um local distante, mas uma senhora da Igreja me disse: Vá, que todo mês eu te mando uma carta e, dentro do envelope, coloco um cartão eletrônico para você ligar para mim e conversarmos. Eu ficarei orando".

Emanoel Bezerra da Silva, pastor da Igreja Metodista em Teresina, Piauí.

 

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VEJA  TAMBÉM. Durante o encontro os participantes puderam fazer perguntas ao Colégio Episcopal. Veja aqui como foi esse bate papo com os bispos.

A palestra do pastor Ricardo Gondim.

O primeiro dia do Encontro Nacional de Pastores e Pastores.

A preparação do evento e chegada das delegações.


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