episcopado reflexão de Josue Lazier








O EPISCOPADO NA IGREJA METODISTA


Considera?es sobre o processo de elei??o no 18? Conc?lio Geral


 




Pre?mbulo


A segunda fase do 18? Conc?lio Geral concedeu-me o t?tulo de bispo honor?rio. Agrade?o as pessoas que idealizaram tal proposta. Recebo como reconhecimento pelo meu minist?rio e comoregistrodo carinho e o amor destas pessoas para comigo. Agrade?o aos conciliares que possibilitaram tal reconhecimento.A concess?o do t?tulo restaurou em mim a convic??o do carisma episcopal dado por Deus. A decis?o do Conc?lio Geral em me conceder o t?tulo faz este registro. N?o serei mais bispo de uma Regi?o Eclesi?stica ou Mission?ria, mas continuarei sendo um dos bispos da nossa amada Igreja Metodista. Espero corresponder a tal honraria.



Em que pese esta decis?o, n?o posso deixar de tornar p?blico minhas considera?es sobre o processo de elei??o ao episcopado, conforme abaixo descrito. Esta carta pastoral estava pronta para ser enviada ? Igreja, em especial ? Igreja da Quarta Regi?o, antes da segunda fase do Conc?lio acontecer. Esperava o encerramento dos trabalhos conciliares para envi?-la e assim o fa?o neste dia. O t?tulo concedido n?o apaga os acontecimentos e nem ameniza os procedimentos adotados por ocasi?o do processo de elei??o. Ofere?o, portanto, a carta pastoral a seguir, o que fa?o com muita considera??o e respeito pela Igreja que pastoreei nestes nove anos de episcopado.



Introdu??o


Inicio esta carta pastoral lembrando as palavras do ap?stolo Pedro dirigidas aos crist?os da dispers?o que estavam no Ponto,Galacia,Capad?cia,?sia e Bit?nia. O ap?stolo chama-os de forasteiros, porque viviam em outras terras, mas assim o faziam como eleitos de Deus e santificados no Esp?rito Santo ( I Pe 1.2). Estes forasteiros em I Pedro aprenderam o valor do que Deus pode fazer com e atrav?s daqueles que se colocam a disposi??o do Reino de Deus. Eles aprenderam a ser despojados (I Pe 2.1), e conseq?entemente, a depender da Gra?a e provid?ncia de Deus.



Os in?cios


Nasci ?s margens do Rio Igua?u, na divisa entre Paran? e Santa Catarina. Nasci paranaense. Fui criado na igreja de Porto Uni?o/SC, onde aprendi as primeiras li?es do Evangelho com meus pais, minhas professoras da Escola Dominical e pelos pastores que por l? passaram. Recordo vividamente do rev. Reinado Ferreira Le?o Jr.



Estudei na Faculdade de Teologia no final da d?cada de 70 e in?cio da de 80 (79 a 82). Tempo de mudan?as na Fateo. Per?odo de descobertas. Muito aprendizado. Quantas lembran?as da Faculdade e das igrejas de Jardim Planalto (SBC). Vila Mariana e Cidade Dutra, em S?o Paulo. Quantas amizades que permanecem at? hoje.



Finalmente o campo de trabalho na Sexta Regi?o. Para onde seria nomeado? Fui para Ponta Grossa que na ?poca era um campo mission?rio da Regi?o. Depois veio o Semin?rio Regional e junto ?s igrejas Central de Londrina, Ibipor?, Arapongas, Apucarana e Londrina Sul. Foram 8 anos de trabalho intenso, juntamente com algumas fun?es na Regi?o e na ?rea Geral. Depois fui nomeado para a Igreja Central de Curitiba. Foi muito dif?cil deixar esta igreja, pois os la?os afetivos e mission?rios eram fortes.


Deixei Curitiba em fun??o da elei??o ao episcopado. Eleito bispo fui designado para a Quarta Regi?o. Um susto. Mas o consolo da voz de Deus aquietou meu cora??o e enfrentei a mudan?a, adapta??o e toda a demanda do episcopado em uma Regi?o com as caracter?sticas peculiares da Quarta Regi?o. Descobri grandes amigos e companheiros. Fui nutrido pelo amor, carinho e ora??o de muitos. Foram muitas horas de reflex?o, ora??o e busca de Deus. Foram muitos os momentos de solid?o no altar de Deus. Precisei "ser forte e corajoso", como orienta o texto b?blico, mas isto s? foi poss?vel porque a gra?a de Deus esteve sempre presente.



Passei muitas horas nas estradas de Minas Gerais e Esp?rito Santo. Por mais que priorizasse o dia com a fam?lia e o dia de descanso, deixei minha esposa e meus filhos muitos dias sozinhos. N?o digo que foi loucura pois a convic??o da presen?a e da vontade de Deus eram constante, al?m dos frutos que plantei, que floresceram, que colhi e que ainda ser?o colhidos. Fiz muitas coisas boas. Cometi erros, mas fiz muitos acertos. Discerni equivocadamente em alguns momentos. Acredito que confiei quando deveria ter desconfiado e que desconfiei quando deveria ter confiado. S?o coisas da nossa humanidade. N?o discriminei e n?o transigi com a lei can?nica e com as orienta?es da Igreja. N?o me omiti em nada e fui extremamente zeloso. N?o cometi o ju?zo temer?rio contra ningu?m. N?o me arrependo de nada e erros que porventura cometi foram colocados no altar de Deus. No fundo da minha alma n?o tenho m?goas com ningu?m, nem ressentimentos. Reconhe?o que perdi a confian?a em algumas pessoas e at? em alguns procedimentos adotados pela Igreja, mas n?o quero julgar pelo lado pessoal. Reservo-me no direito de fazer minhas leituras sobre os acontecimentos e de expressar, respeitosamente, o que penso.


Neste momento


Sei que h? perguntas sobre como estou. Sei que h? preocupa?es sobre o que vou fazer. Sei que h? coment?rios sobre poss?veis pensamentos e sentimentos que carrego. O que ou?o sobre isto n?o corresponde com o que penso e sinto. Diria que h? um pouco de maldade nos coment?rios. Espero expressar aqui o que penso e o que sinto.



Sinto-me, mais do que nunca, vocacionado por Deus. O episcopado ? um encargo de servi?o, mas nunca foi objetivo final do meu minist?rio. Sinto-me honrado pelos nove anos de minist?rio que exerci na Quarta Regi?o. Tenho convic??o da vontade de Deus e de tudo que pude fazer, com zelo, amor e muito respeito. Quando fui eleito bispo n?o me senti melhor do que ningu?m e agora n?o me sinto menor do que os outros. Continuo sendo servo, como sempre fui, desde o tempo em ocupava cargos na minha igreja local de origem. Aprendi muito nestes anos, sobretudo a depender da Gra?a de Deus.



N?o estou preocupado com o futuro, pois minha vida foi sempre marcada pelo cuidado de Deus e pelos desafios. Minha preocupa??o maior ? com a unidade e identidade da nossa Igreja. Minha fam?lia tem sonhos e ideais mas partilha comigo do mesmo prop?sito de servir a Deus seja onde for. Ali?s, eles s?o os que poderiam estar desanimados, ante os acontecimentos, mas continuam firmes desempenhando os minist?rios que exercem na igreja local, regional e geral. A Joceli como professora da mocidade na igreja local, vice-coordenadora do minist?rio regional de esposas de pastores e assessora no programa de pastoreio de fam?lias pastorais, o Tiago como presidente da Federa??o de Jovens e o Lucas como secret?rio correspondente da Confedera??o de Juvenis e membro do minist?rio de administra??o da igreja local. Eles s?o o "trof?u" que recebi de Deus nestes anos de pastorado e episcopado.



Estou triste, mas n?o desanimado. A alegria em servir a Deus e testemunhar o que Cristo fez por mim continua a mesma. N?o me sinto derrotado e nem tra?do, como alguns pensam. Perdi o que gostaria de continuar fazendo: pastorear a Quarta Regi?o. Expressei isto ao Conc?lio Regional e reiterei para a Delega??o da Quarta Regi?o. Pela decis?o do Conc?lio Geral meu minist?rio junto ? Quarta Regi?o fica interrompido, mas meu minist?rio junto ? Igreja Metodista continua, seja qual for a nomea??o que venha a receber.



N?o estou desanimado e nem me entreguei porque perdi um cargo, cargo para o qual n?o me candidatei, mas para o qual Deus me chamou. Estou cumprindo todas as minhas responsabilidades com a mesma motiva??o que sempre marcou meu minist?rio. Diante de tudo o que aconteceu no Conc?lio Geral reservo-me no direito de avaliar as decis?es e a maneira como as coisas foram tratadas, em especial o processo de elei??o ao episcopado e me indignar. Indigna??o que n?o ? s? minha, mas de muita gente. Indigna??o n?o ? des?nimo, tampouco prostra??o diante de dificuldades.



Quanto ao futuro ele est? sendo trabalhado. Ap?s a elei??o ao episcopado, quando confirmou a minha n?o reelei??o, fui procurado pelo Bispo Paulo Lockmann que me prop?s, segundo ele em nome dos demais bispos, sair no ano que vem para estudar na Espanha. Depois me foi sugerido estudar em Buenos Aires ou Costa Rica. N?o aceitei, pois n?o tenho motivo nenhum para isto, a n?o ser no momento em que estiver, juntamente com minha fam?lia, preparado para um projeto assim. Por ora e no momento oportuno, vou assumir um novo desafio em minha vida pastoral e dar continuidade ? voca??o que recebi de Deus. Farei isto com o mesmo empenho e dedica??o que sempre caracterizou o meu trabalho.



Processo de elei??o


O processo de elei??o conduzido pela Delega??o da Quarta foi equivocado, no meu entender. Fui tratado como candidato, pelo menos por alguns delegados. Recusei-me a participar de um processo assim e senti-me um "estranho no ninho" quando estive presente em alguns momentos de algumas reuni?es. Ouvi de um membro da delega??o que deveria ir para minha casa porque aqui n?o era o meu lugar. Relevei, como relevei muitos outros coment?rios, pois sempre entendi que um dos carismas do bispo ? o perd?o. Os coordenadores cl?rigo e leigo abriram para outros cl?rigos da delega??o apresentarem suas candidaturas, mas n?o abriram para outros cl?rigos que n?o foram eleitos delegados. Acho que n?o houve transpar?ncia neste sentido. A Delega??o se arvorou do direito de expressar que a Quarta Regi?o n?o me queria mais como bispo. Um equ?voco. Existia resist?ncia sim, mas n?o era de toda a Quarta Regi?o e sim de um pequeno grupo de pastores e por raz?es de ordem pessoal. Vivemos numa democracia, mas em se tratando de delega??o, como ? o nosso caso quando elegemos delegados e delegadas ao Conc?lio Geral, as decis?es n?o podem ser colocadas no plano pessoal. Neste sentido, a Delega??o n?o considerou que o Conc?lio Regional indicou a minha continuidade. Quando falo da Delega??o me refiro a alguns membros, pois nem todos seguiram este caminho proposto por alguns delegados. Uma pessoa pode at? votar segundo a sua consci?ncia, mas da? dizer que a Regi?o n?o queria mais o bispo Josu? ? uma dist?ncia muito grande. Lamento muit?ssimo que tenha sido assim. A tese de alguns membros da Delega??o era de que a Regi?o queria um bispo oriundo do seu quadro de pastores. Respeito este sentimento, mas ele faz discrimina??o.



Espero que haja justi?a e amor em nossa igreja, que s?o os principais sinais da presen?a do Reino de Deus. Nem sempre a vontade de Deus impera pois, para isto, ? necess?rio que estejamos submissos a Ela. Mas Deus tem o poder de transformar nossos erros em b?n??os, o que n?o nos isenta dos erros que cometemos. Penso que n?o houve transpar?ncia no processo de elei??o e sim articula??o e coa??o. Neste sentido, injusti?as podem ter sido cometidas. Acredito no perd?o e na restaura??o, pois Deus ? perdoador, mas os registros de erros e equ?vocos cometidos s?o inapag?veis da mem?ria da Igreja. A hist?ria b?blica est? a? registrada para nos dar in?meros exemplos disto. N?o estou entrando na quest?o do que ? vontade de Deus e do que n?o ?. N?o quero ser juiz, a n?o ser de mim mesmo. Mas quero ter a liberdade de expressar meus pensamentos, at? para que algumas pessoas me julguem corretamente e n?o de acordo com o humor de cada uma delas. Como afirmei no Conc?lio Geral, se fui alvo de inverdades, impiedades ou falsidades, coloco-as no altar de Deus e pe?o for?as para perdoar. Em que pese a minha dor, acolho a decis?o da Igreja. N?o me rebelo contra a Igreja e continuarei servindo a Deus e ? Igreja Metodista com o mesmo zelo, amor e esp?rito de servi?o.



N?o posso deixar de registrar que coment?rios sobre o meu trabalho na Regi?o foram veiculados nas outras Delega?es de forma tendenciosa, equivocada e maldosa, em especial na Primeira Regi?o Eclesi?stica. Espero que a Igreja possa tratar destes assuntos para que eles n?o se repitam mais. Qualquer cl?rigo pode postular ao episcopado, mas n?o precisa depreciar o trabalho dos outros para se promover e deve respeitar os limites da ?tica crist? e da ?tica pastoral. Neste sentido, estamos fragilizando o governo episcopal da Igreja. Hoje existe uma corrida desenfreada pelo episcopado sem que as pessoas saibam ou compreendam as implica?es deste minist?rio na vida da Igreja. O minist?rio episcopal tem os seus carismas. Que fique claro: n?o estou julgando pessoas, estou avaliando o processo que ? impiedoso para com as pessoas que exercem o episcopado na Igreja Metodista. Desta forma, a Igreja precisa estabelecer crit?rios para a indica??o de cl?rigos e cl?rigas que concorrer?o ao episcopado. O processo n?o pode continuar aberto como est? pois ele ? extremamente fr?gil. Quando fui eleito pelo 16? Conc?lio Geral as Regi?es indicavam nomes depois de uma consulta ?s igrejas e pastores e pastoras. Estas minhas afirmativas n?o t?m a inten??o de diminuir a reelei??o ou elei??o de ningu?m, tampouco de n?o reconhecer a soberania conciliar, embora eu tire conclus?es sobre todo o processo desencadeado desde a elei??o das delega?es ao Conc?lio Geral.



O carisma episcopal ? comprometedor


Nossos C?nones tra?am o perfil do episcopado. Minha esperan?a ? que as recomenda?es n?o sejam meramente um cap?tulo can?nico, mas sejam levados em conta por ocasi?o das elei?es dos bispos e bispas. "O processo de escolha leva em conta as condi?es b?sicas mencionadas na B?blia Sagrada, em I Tim?teo 3.1-7 e Tito 1.7-9 e, em especial, os seguintes requisitos: integridade moral e espiritual; probidade; coer?ncia entre discurso e pr?tica; capacidade de lideran?a; facilidade de express?o oral e escrita; firmeza doutrin?ria, segundo os padr?es da Igreja Metodista; reconhecida compet?ncia no exerc?cio em igrejas locais; capacidade administrativa; boa condi??o de sa?de f?sica e mental; n?o ter pend?ncias judiciais que o desabonem para o exerc?cio do episcopado na Igreja Metodista".[1]



O carisma do minist?rio episcopal tem os seguintes aspectos: a) cuidar da vida pastoral, lit?rgica e ministerial da Igreja; b) ensinar e guardar as doutrinas da Igreja; c) cumprir e fazer cumprir as regras de f? e as normas da vida e miss?o da Igreja; d) equipar a Igreja para os diversos minist?rios; e) conservar a f?, unidade e disciplina na Igreja, al?m de estabelecer a disciplina institucional e doutrin?ria no meio da Igreja; f) proclamar a Palavra de Deus, pois, atrav?s da proclama??o, a instru??o prof?tica, a exorta??o pastoral e a orienta??o quanto aos ensinamentos apost?licos s?o realizados pelo minist?rio episcopal; g) guiar e servir ? Igreja – o episcopado ? servi?o a Cristo e cumprimento da tarefa de guiar e reger a Igreja na sua caminhada de f? e miss?o e h) ordenar outros para o exerc?cio dos minist?rios ordenados e reconhecidos pela Igreja.



O episcopado exige da pessoa muita ren?ncia, toler?ncia, compreens?o, amor, humildade, transpar?ncia, integridade, obedi?ncia, fidelidade e dedica??o. O "poder" do episcopado est? na viv?ncia destes aspectos da vida crist? e ministerial e n?o confere necessariamente autoridade ao bispo, pois ela ? adquirida pelo exerc?cio do amor, do servi?o, da doa??o aos outros, da busca pela unidade e da luta em prol da identidade e da confessionalidade definidas de forma conciliar. "Assim, o bispo n?o ? algu?m que tem poder sobre a Igreja. Mas ? algu?m cuja escolha ? reconhecimento de suas capacidades e de seus dons para representar a Igreja em permanente diaconia e, assim, gui?-la em nome de Cristo, despertando-a a exercer permanentemente a diaconia de Cristo no mundo".[2]



Desta forma, penso que a Igreja precisa fortalecer o carisma do episcopado. Hoje ele est? fragilizado. N?o se trata de fortalecer o carisma da pessoa que exerce a fun??o de bispo ou bispa, mas sim o carisma da fun??o e oferecer, assim, os contornos onde a autoridade episcopal esteja assentada como reflexo da plena diaconia vivenciada no episcopado. O episcopado n?o pode ficar ref?m de grupos ou de segmentos, tampouco ref?m de pessoas que evidenciam um minist?rio autorit?rio, personalista, centralizador e de patrulhamento. O episcopado n?o ? e n?o pode ser resultado de candidatura de pessoas ou de grupos, tamb?m n?o pode ser objeto de querelas politiqueiras e coercitivas, mas sim express?o do minist?rio de Cristo.



A prop?sito do texto de I Pedro


Em primeiro lugar Pedro diz a estes irm?os que eles foram eleitos pela presci?ncia do pr?prio Deus para fazerem parte do seu Reino e da sua justi?a. Foi Deus quem nos escolheu em Cristo, antes da funda??o do mundo, para fazermos parte de sua heran?a incorrupt?vel, em amor. E o ap?stolo exorta para construirmos a nossa "casa espiritual sobre a rocha que ? Cristo para sermos sacerd?cio santo" (I Pedro 2 .4).



A segunda coisa muito importante ? perceber que sem Jesus n?s n?o somos um povo perante Deus. No vers?culo 10 do cap?tulo 2 o ap?stolo diz: "v?s, sim, que antes n?o ?reis povo, mas agora sois povo de Deus. Que n?o t?nheis alcan?ado miseric?rdia, mas que agora alcan?astes miseric?rdia." Deus escolheu pessoas de todas as partes do mundo para fazer parte de seu reino. O interessante ? que Deus n?o observa os limites geogr?ficos e pol?ticos que os homens estabelecem entre si. E isto tamb?mnos leva a pensar a igreja em termos de uma Igrejaglobal, uma institui??oque est? servi?o de toda a humanidade em todas as partes do mundo, independente do credo, da ra?a, da cor, da nacionalidade. Servimos a um Deus que nos ama independente de nossa origem. E isto ? maravilhoso!



Como sacerdotes e sacerdotisas de Deus, recebemos dons e minist?rios, que s?o oportunidades de servi?o a Deus e ? sociedade. Os dons n?o nos promovem, mas nos comprometem com a miss?o de Deus. As posi?es, as fun?es, os cargos, s?o necess?rios mas n?o indicam quem ? mais ou menos, pois na perspectiva do Reino de Deus todos s?o servos, s?o menores e, portanto, substitu?veis. Por sermos povo de Deus caminhemos sempre pelos caminhos apontados pelo Evangelho de Cristo.





Belo Horizonte, 16 de outubro de 2006






Bispo Josu? Adam Lazier




































[1] Igreja Metodista, C?nones de 2002, Artigo 73, item 1, da Lei Ordin?ria, S?o Paulo, Editora Cedro, 2002.



[2] SOARES, Sebasti?o Armando Gameleira, O Episcopado a partir do Novo Testamento, em Minist?rio Episcopal, Revista Teol?gica do Centro de Estudos Anglicanos – CEA, ano 1 – mar?o de 2002, n0 01, pg. 9.


LEIA TAMB?M:


Palavras de um ouvinte e assistente. Impress?es do Conc?lio Geral pelo pastor Ot?vio J?lio Torres, presb?tero da 4? RE. Clique aqui


 


 

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