impressões do conclio otavio torres

Meu nome ? Ot?vio J?lio Torres, presb?tero ativo da 4? RE. Estive presente, como visitante, nas duas sess?es do 18? Conc?lio Geral. As palavras que passo a escrever s?o mais do que minhas simples impress?es desse conclave; s?o, sim, uma forma de eu expressar os princ?pios de f? que aprendi na Igreja Metodista, desde a meninice, e que me levaram a reafirmar os votos de batismo que meus pais tomaram por mim, pelo ato da profiss?o de f? na minha adolesc?ncia. Sempre acreditei e ainda acredito, pois os documentos da nossa igreja continuam existindo, que temos uma boa orienta??o para a participa??o de todos os membros na miss?o confiada por Deus ? nossa igreja. Por isso mesmo, sinto-me constrangido a expressar-me diante de tudo que ouvi e a que assisti.


Primeiro, ficou evidente para mim que todas as elei?es j? estavam definidas, antes mesmo dos nomes serem apresentados. Os acertos estavam todos prontos antes mesmo do come?o deste Conc?lio. Fico tranq?ilo ao dizer isto, pois n?o sou apenas uma voz que retine como um c?mbalo, mas que faz coro com muitas outras pelo pa?s. Pena que, por conveni?ncia, a decis?o tomada pela Comiss?o de Justi?a, por exemplo, diante do pedido de nulidade da elei??o episcopal, por quebra da lei can?nica de elei??o sem discuss?o e sem debate, feita pelo Rev. Adhayr Cruz, presb?tero da 4? RE, foi julgada como improcedente. A igreja perdeu uma grande oportunidade, ainda que constrangedora, de rever seus atos. Ressalte-se que foi preciso o voto duplo do presidente da Comiss?o para dirimir a situa??o complicada…


Segundo, foi muito triste presenciar as mentiras que o Rev. Dino Ari Fernandes divulgou no site www.metodistaonline.kit.net diante de uma manifesta??o l?cita que membros ecum?nicos da igreja fizeram na ocasi?o do culto de abertura da segunda sess?o do Conc?lio (veja link abaixo). Ali eu estive e o que presenciei foram jovens metodistas de algumas igrejas locais, acompanhados de outros jovens cat?licos, vestidos de camisas brancas, silcadas com a frase: "Oukomene: estamos em luto (a)", com faixas pedindo a justificativa dos votos dos 79 delegados que votaram pela sa?da dos ?rg?os ecum?nicos, cantando o hino "Excel?ncia do amor", de nossos hin?rios.


Mais triste ainda foi ouvir, diante do fato, as falas evasivas que a bispa Marisa e o bispo Paulo Lockmann trouxeram ao Conc?lio em rela??o ao tema do ecumenismo, sem, sequer, fazer qualquer refer?ncia ou repreens?o a esse ato repreens?vel praticado pelo Rev. Dino, que afirmou, ao ser confrontado quanto ao assunto, que n?o estava l? e s? repetiu o que ouviu de outros… Pelo menos ? o que dizem os jovens que assinam o documento enviado ao mesmo site, em que contestam as informa?es enviadas pelo Rev. Dino. Esse ato, sim, digno, inclusive, de disciplina eclesi?stica ? qual ele ensejou em seu texto submeter os cl?rigos que apoiaram a manifesta??o dos jovens. A veracidade disso, como dizem os mesmos jovens, pode ser comprovada nas mat?rias e fotos do site oficial de nossa Igreja (www.metodista.org.br).


Terceiro, como presb?tero da igreja, mesmo n?o sendo delegado ao Conc?lio Geral, penso que teria o direito de, pelo menos, pedir ao presidente e ao plen?rio do Conc?lio uma palavra de privil?gio. Mas diante da tentativa que fiz, ao levantar meu bra?o, sequer fui mencionado. Pergunto-me at? agora porqu?. Uma certeza, por?m, tenho. N?o passei despercebido, pois o bispo Adolfo, que na ocasi?o assessorava o bispo-presidente na anota??o dos nomes para o debate, pediu-me para abaixar o bra?o. ? poss?vel que isso tenha acontecido por causa de uma fala que recordo-me ter ouvido do delegado da 1? RE, Rev. Luciano Amorim, a um visitante, o Rev. Adhayr Cruz, da 4? RE, por volta da primeira sess?o do Conc?lio, realizada em Aracruz, ES. Disse ele: "Por acaso, voc? ? delegado neste Conc?lio?… Ent?o… n?o devo satisfa??o a voc?." Mas, de fato, sabemos que deve satisfa?es a todos os membros da Igreja Metodista do Brasil, pois estava ali, exatamente, em representa??o deste povo.


Quarto, n?o foi menos ultrajante presenciar que havia "candidatos" em plena campanha, fazendo promessas e alian?as para que pudessem ser eleitos. Lembro-me ter pensado em uma das ocasi?es em que vi tal pr?tica, no desenrolar das sess?es: "O que me parece aqui ? que n?o somos todos do mesmo ?partido?, mas cada Regi?o aqui representa um partido distinto dos demais". Ouvi falas do tipo: "Vou votar em ?fulano de tal?, porque ele vai ser nosso representante em tal setor da igreja". Foi muito doloroso ouvir isso e constatar que nossa igreja est? dividida em partidos, como a comunidade dos cor?ntios.


Em quinto, e termino por aqui por conveni?ncia e n?o por falta de outras situa?es para enumerar, ? mais uma vez muito triste discernir entre delegados e delegadas pessoas que compreendiam ser "a m?o e a voz de Deus" para mudar a hist?ria da nossa igreja, divinamente escolhidos. Esse foi o maior motivo que me levou a escrever essas linhas. ? preciso que essas pessoas entendam que, se de fato alcan?aram o alvo que pretendiam, Deus n?o pode estar nos meios, nos processos que elas usaram para tanto. Processos que passaram por cima de leis da Igreja Metodista, processos que exclu?ram a vontade e representa??o de delega?es inteiras, processos que infringiram o princ?pio da representa??o e serviram a interesses particulares.


Uma ?ltima palavra: n?o sou ing?nuo para ter dito tais palavras, simplesmente, por fazer parte do grupo de pessoas que, em suas convic?es, foram vencidas neste Conc?lio. Decis?es e elei?es sempre ser?o decididas em favor de pessoas e id?ias distintas, mesmo no contexto da Igreja de Cristo. Afinal, continuamos humanos, limitados em nosso discernimento e viv?ncia das coisas celestiais. Como diz o ap?stolo Paulo, "ainda vemos como em espelho". Essas poucas palavras que escrevi n?o s?o fruto nem tampouco derivam do fato de eu pensar que a Igreja Metodista, at? ent?o, em suas lideran?as, fosse isenta de pecados em todas as dire?es. De forma alguma.


Mas a diferen?a que fa?o em rela??o ao que presenciei neste Conc?lio, em rela??o ao poder anteriormente constitu?do na igreja, ? que os processos eram mais ?ticos que meramente pol?ticos, nos moldes seculares que presenciamos em nosso pa?s. Isto sim, me entristeceu profundamente.


Minha ora??o ? que Deus n?o nos permita chegar ? "Babil?nia" para somente depois disso virmos a nos arrepender. Minha ora??o ? que as atuais lideran?as da Igreja Metodista, eleitas neste ?ltimo Conc?lio, possam conduzir nossa igreja com temor e tremor diante de Deus.


 


Ot?vio J?lio Torres


Presb?tero Ativo da 4? RE


Rev. Luciano Amorin, 1 ? RE, pede direito de resposta


Rev. Dino Ari Fernandes exp?e sua opini?o


Veja aqui a manifesta??o ecum?nica feita por jovens da Igreja do Rudge Ramos


VEJA TAMB?M: AS DECIS?ES DA SEGUNDA FASE DO 18? CONC?LIO GERAL DA IGREJA METODISTA.


                                e, ainda,       O ?LBUM DE FOTOS DO CONC?LIO


 

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