Publicado por José Geraldo Magalhães em Pastoral dos Direitos Humanos, Destaques Nacionais - 29/09/2013

Metodista: um povo com dupla cidadania

gladys barbosa gamaTodo/a aquele/a que ama a Deus e o aceita como seu Senhor e Salvador é filho de Deus e é contado como parte do "povo de Deus". O apóstolo Pedro narra exatamente esta cidadania dos que pertencem a Deus: "povo de propriedade exclusiva de Deus" em I Pe 2.9a. Isto sim é honraria que todo ser humano deveria desejar, pertencer ao próprio Deus. E mais ainda, saber que cada uma de suas criaturas foi escolhida pessoalmente por Deus para pertencer a este povo.

Quando Deus criou o mundo e os seres humanos ele também os escolheu para si mesmo, mas não quer que pertençam ao seu Reino à força; Ele chama a todos/as, e aqueles/as que aceitam passam de simples criaturas para serem Filhos/as de Deus, membros permanentes do seu Reino e mais ainda promotores/as deste Reino. Na continuação do texto citado, Pedro diz que somos povo para "anunciar as maravilhas que Deus tem feito nas vidas daqueles que o aceitam, pois foi Ele que "nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz".

O povo metodista pertence a este Reino. Nós metodistas somos CIDADÃOS/ÃS DO REINO DE DEUS. Cumprimos seus mandamentos e estatutos. Anunciamos as maravilhas que Deus tem feito em nosso meio. Cristo, através do Espírito Santo, tem se manifestado grandemente curando enfermidades, auxiliando seu povo a encontrar soluções para seus problemas, unido casais, fortalecendo relações entre pais e filhos, orientando e capacitando aqueles que necessitam de emprego, e muitas outras maravilhas.

Como cidadãos/ãs do Reino de Deus temos deveres para cumprir: "Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Estes são os maiores deveres, mas também temos direitos que nos são garantidos pelo próprio Filho de Deus: "Eis que estou convosco sempre!", ou seja, o próprio Cristo nos promete que estaria com cada um de nós.

Mas nós metodistas também somos CIDADÃOS/ÃS BRASILEIRO/AS. Pertencemos a este nosso grande e maravilhoso país. Assim como cumprimos com as ordens de nosso Deus como verdadeiros/as cidadãos/ãs dos Céus, devemos cumprir com as leis de nosso país. Temos deveres e também direitos para com nosso país.

Devemos respeitar nossas autoridades civis e militares, de vereadores, policiais, militares até a Presidente da República. O apóstolo Paulo em suas cartas já orientava o povo de Deus a respeitar as autoridades. O/A verdadeiro/a cidadão/ã do Céu é também um/a cidadão/ã de seu país. Isto significa que não devemos ser coniventes com a corrupção e os desmandos que acontece, pelo contrário, como bons/boas cidadãos/ãs devemos lutar contra todo o mal que tem atingido nosso povo.

Da mesma forma como anunciamos o Reino de Deus e o proclamamos também devemos fazer em nosso país participando ativamente na política para auxiliarmos no combate de todo o mal que tem desvirtuado a nossa imagem, exercendo os nossos deveres como cidadãos desta grande nação abençoada por Deus.

Outro meio de transformação é a educação e como metodistas temos que continuar a atuar na educação de nossos/as filhos/as para que todos possam ter um país melhor, conhecedor de seus direitos e principalmente os deveres como cidadãos/ãs. "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente", disse o Apóstolo Paulo aos Romanos. Esta mensagem é tão atual hoje como foi no dia em que foi escrita. Não devemos nos conformar com a miséria, a corrupção, as violências, a falta de amor, de solidariedade, temos que lutar para transformar nosso País em "uma terra que mana leite e mel", uma "terra prometida por Deus para o seu povo".

Lutemos para que nosso país seja transformado em Reino de Deus, e isto depende de nós. Aprenda a exigir os seus direitos, mas nunca se esqueça de exercer os seus deveres.

Somos Cidadãos/ãs dos Céus (Sl 15), mas também Cidadãos/ãs Brasileiros/as, exerça com força e graça nossas cidadanias e sejamos felizes junto com todos/as os/as demais Cidadãos/ãs do Reino e Cidadãos/ãs Brasileiros/as.

Revda. Gladys Barbosa Gama
Pastoral de Direitos Humanos
 


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