A elei??o do Col?gio Episcopal
A elei??o para o episcopado revelou a dificuldade de se alcan?ar uma rela??o parit?ria no Col?gio de Bispos e Bispa. Al?m de apenas uma mulher ter sido eleita, o foi somente no ?ltimo escrut?nio. Mais uma vez, se demonstra que h? resist?ncia ? participa??o de mulheres em posi?es de lideran?a em estruturas de governo ou administra??o superior da igreja. Os padr?es de escolhas camuflam a domina??o masculina ou a predile??o pelo poder masculino sob valores considerados normais. Os s?mbolos da normalidade escondem, muitas vezes, princ?pios de nega??o da alteridade e da inclus?o que s?o formas de discrimina??o. Atrav?s da normalidade cultural a pessoa se sujeita ?s estruturas sociais e internaliza os valores propostos como normas de condutas inquestion?veis por serem considerados "naturais". Assume-se por exemplo, que ? natural eleger bispos e n?o bispas , ? "natural" que o governo seja exercido por homens e n?o por mulheres. |
Fotos da elei??o da bispa Marisa Coutinho, ?nica mulher eleita para o Col?gio Episcopal |
As nomea?es ad hoc ou comiss?es provis?rias tamb?m privilegiaram indica?es de homens, e um n?mero m?nimo de mulheres. A Comiss?o de Legisla??o que foi composta por nomes apresentados pelas delega?es e entregues ? Comiss?o de Indica??o, segundo decis?o de plen?ria, n?o inclu?a nenhuma mulher. O argumento dado de que esta Comiss?o j? estava em andamento previamente ao Conc?lio apenas confirma o dado apontado acima, de que a inclus?o de mulheres em comiss?es chaves ou em pap?is considerados n?o tradicionais para as mulheres ? feita com um n?mero m?nimo poss?vel quando n?o totalmente zero.


