Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 17/05/2011

Orientações para quem almeja a Capelania Militar

Agência Soma entrevista o pastor metodista Luciano Vergara sobre Capelania Militar
O que faz um capelão? Mulher pode exercer esta função? Onde posso encontrar curso e qual a escolaridade para tal? A pergunta de uma leitora da Soma levou-nos a pedir ao pastor e jornalista Luciano Vergara, conhecedor da matéria, a escrever uma orientação sobre a capelania militar. O texto ficou tão completo, que resolvemos publicá-lo para que outras irmãs e outros irmãos possam obter informações sobre como atuar pelo Reino de Deus através desta atividade religiosa.

Segundo o pastor Luciano, “as atividades de capelania podem ser variadas, conforme seja a capelania: prisional, hospitalar, escolar ou militar. No caso de capelania militar, temos, inicialmente, a exemplo do Exército Brasileiro, que as normas que regulam a programação e execução das atividades do capelão militar são aprovadas pelo Chefe do Departamento Geral do Pessoal (DGP), conforme a portaria 441, do Comandante do Exército (06/09/2001), com base no item 3) do artigo 2° do Regulamento do DGP (R156,aprovado pelo Decreto 78.724, de 12/11/1976)”.

Ele continua: “Por tais normas, o Serviço de Assistência Religiosa nas capelanias militares do Exército Brasileiro (SAREx) provê assistência religiosa e formação moral no âmbito do Exército Brasileiro de modo padronizado, para proporcionar "maior eficácia à sua missão de evangelizar e de formar as consciências dos profissionais das Armas e seus familiares". As normas também abrangem os dois campos de ação dos capelães militares, isto é, o interior das Organizações Militares (OM) e as Vilas Militares, orientando suas ações pelo respeito à liberdade religiosa”.

 “A legislação nacional para o exercício da capelania militar parte da Constituição Federal de 1988. O artigo 5º, inciso VII, diz que "é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva". E a lei 6.923 (29/6/81), com alterações pela lei 7.672 (23/9/88), é que organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas (Sarfa). Essa legislação determina que "o Serviço de Assistência Religiosa (SAR) tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas". Os capelães militares que compõem o SAR serão "selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor". No âmbito de cada força singular (Exército, Marinha e Aeronutica) o quadro de capelães atenderá a uma proporcionalidade entre os capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva força".

Sobre o ingresso de mulheres no serviço de assistência religiosa como capelã militar:
“O edital de seleção ao Quadro de Capelães Militares (ESAEx) de 2011, publicado pelo Exército no ano passado, prevê as condições físicas para candidatos de ambos os sexos, reconhecendo que o ingresso de homens e mulheres não pode sofrer restrições por razão de gênero. A seleção prevê formação mínima comprovada, prova de suficiência teológica e prática pastoral, além de teste físico e exame médico. Nos Estados da União, as Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros) seguem basicamente os mesmos procedimentos, adaptando a seleção às suas necessidades específicas”.

Sobre a formação educacional necessária:
Ainda segundo o pastor Luciano: “A formação requerida pela legislação que trata da matéria é fornecida pelas instituições de preparo teológico dos segmentos religiosos representados no processo seletivo. Cursos específicos para capelães são livres e não possuem reconhecimento oficial”.

Estude a Lei número 6.923, de 29 de junho de 1981, que dispõe sobre o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.

Leia mais sobre capelania militar no Brasil no blog do Pastor Luciano Vergara.


Posts relacionados

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães