Publicado por José Geraldo Magalhães em Colégio Episcopal - 26/06/2015
Palavra Episcopal: A Igreja e as Redes Sociais

Presidente da 3ª Região Eclesiástica
A Igreja, em termos de comunicação, diante das redes sociais, é muito pequena e ainda não sabe muito bem como conduzir-se por esse veículo, visto que a internet ainda é um mundo de ninguém. As leis que a regem são muito frágeis, e cuidados precisam ser tomados para quem se aventura nesse caminho.
Como exemplo, cito a conversa que tive com um irmão, trabalhador na área rural, na cidade de Petrolina/PE. Entre diversos assuntos conversados, falamos também do Facebook, ao que ele chamou de o “fuxiqueiro”, dizendo que quem quiser saber da vida dos outros é só acessá-lo. É por esse viés que quero tecer alguns comentários sobre a evangelização nas redes sociais.
Evangelização
No envio missionário feito por Jesus Cristo no Evangelho de Marcos, Ele disse: “[...] Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Conforme esse envio, a pregação do Evangelho deve ocorrer em todo o mundo conhecido. Logo, no mundo virtual da internet, ele também deve ser pregado. Trata-se de um lugar sem fronteiras, de fácil acesso e disponível a quem quiser, bastando um click no teclado do computador.
Os usuários são incontáveis. A igreja deveria explorar mais esse meio de comunicação, pois as possiblidades são muitas. Já existem igrejas que por esse meio transmitem os seus cultos, têm programas de rádio, divulgam suas programações, permitindo aos fiéis que se encontram em lugares distantes, em viagens ou em estudos acadêmicos, acompanharem o dia a dia da sua igreja.
Louvo a Deus por essas iniciativas. Entretanto, as programações atendem, em sua maioria, somente o público evangélico, elas são direcionadas às pessoas crentes. Necessitamos aprender como nos comunicar aos não crentes, falando a sua língua para que as coisas lhes façam sentido, possibilitando a compreensão do Evangelho e do Reino de Deus.
Equilíbrio e a sabedoria
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros,[...] com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.16-17).
Nossas postagens nas mídias sociais devem seguir o princípio de honrar e glorificar a Deus. Assim como tudo o que fazemos enquanto cristãos/ãs. O perigo se encontra quando as mídias sociais se apresentam como o lugar do/a “fuxiqueiro/a”. Quem se utiliza das redes sociais para fuxicar, deixa de pregar o Evangelho e promove a discórdia, então as ofensas começam, gerando rupturas no Corpo de Cristo: a igreja.
O que não é Evangelização
Expor pessoas: Vi irmãos e irmãs deixando a comunhão da igreja porque foram expostos no Facebook, e o conflito veio para o meio da igreja, formando grupos favoráveis e contrários. Isso roubou a paz, a harmonia e a alegria dos irmãos e irmãs, necessitando da interferência pastoral para solucionar o problema, ainda assim, sobraram muitas feridas que, talvez, somente o tempo possa curar. Foi lamentável. Foi um mau testemunho.
Expor-se pessoalmente: Há quem publique coisas de sua intimidade como se estivesse falando a um/a amigo/a ou como se estivesse sentado/a no divã de um consultório psicológico. Talvez nem houvesse pensado que sua vida está sendo lida por todo o mundo. Isso traz prejuízos para si mesmo/a e às vezes para toda a comunidade na qual está inserido/a.
Fazer críticas destrutivas: Aqueles/as que proporcionam a difamação da igreja, tratando nas redes sociais situações internas que interessam somente à comunidade local, abre ao mundo, que não tem solução nenhuma a dar, aquilo que pode ser resolvido internamente. Dá-se a ideia de que a igreja passa por uma profunda crise, quando na realidade são situações corriqueiras de convivência entre pessoas que nela congregam.
Pressuponho que ao falar sobre o que não é evangelização compreendamos o que ela é. Espero que esse texto o/a ajude a refletir mais que o normal antes de postar mensagens que possam ferir, magoar ou difamar alguém. Lembre-se da regra de ouro do Evangelho que rege as relações humanas e que pode orientar sobre o melhor caminho: “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também” (Lucas 6.31).
Fonte: Expositor Cristão de Junho
Tags: Expositor Cristão, colégio Episcopal
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