Palavra Episcopal: O Discipulado e Doutrina da Santidade

Bispo João Carlos Lopes
Presidente da 6ª Região Eclesiástica

Deus deseja que você e eu sejamos santos/as. Antes da fundação do mundo Ele estabeleceu o propósito de que você e eu fôssemos santos/as e irrepreensíveis: "como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" (Ef 1.4). O apóstolo Pedro escreve: "mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver". (I Pd 1.15)


Nenhuma pessoa que trate a Bíblia com seriedade pode ignorar a importância do conceito de santidade. Em termos práticos, Jesus é o nosso exemplo. Em I Pd 2.21 lemos: "por que para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas…".
O processo de santificação começa em nós no momento em que nascemos de novo. Nosso passado é perdoado e somos feitos novas criaturas: "Se alguém está em Cristo…". Crescer em santidade é crescer na semelhança com Jesus..

Daí a importância da dinâmica do discipulado para uma vida de santidade. "Disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me". (Mt 16.24)

Note que os requerimentos de Jesus para o discipulado não compartimentalizam a vida cristã. O conceito de discipulado trata a vida do/a discípulo/a como um todo. Ser discípulo/a implica em rendição de todas as áreas da vida.

Há uma decisão a ser tomada (v.24):
"Se alguém quer vir após mim…" Essa decisão, que tem consequências eternas, tem pelo menos três características:

É uma decisão baseada no reconhecimento da identidade de Jesus. Ele é o Messias, Ele é a única fonte de verdadeira vida, Ele é o Senhor, Ele é o único caminho. É preciso reconhecer a autoridade de Jesus. Seu direito de controlar todos os aspectos da nossa vida.

É uma decisão baseada na aceitação do convite de Jesus. Ele não está dizendo: "tente me seguir por alguns dias para ver se você gosta". O chamado Dele é para compromisso total e definitivo.

É uma decisão de se comprometer com uma pessoa. Não é compromisso com um credo, uma denominação, um corpo doutrinário. Seguir a Jesus é seguir uma pessoa. O filho de Deus, o Senhor da igreja. Discipulado requer o estabelecimento de um relacionamento pessoal com Jesus.

Há uma morte a ser experimentada (v.24):
"A si mesmo se negue…". Morte do ego é a chave para obter e manter uma vida de santidade. Rejeitar a centralidade do ego tem a ver com uma mudança radical de atitude e motivação. Isso envolve, em primeiro lugar, a renúncia da minha vontade: "Se for possível, passa de mim esse cálice, porém, não seja a minha vontade…" (Mt 26.39). Em segundo lugar, envolve submissão à vontade de Deus: "…mas sim a sua vontade".

Há um compromisso a ser cumprido (v.24):
A ordem "siga-me" é um imperativo presente que sugere uma ação contínua. Em primeiro lugar seguir a Jesus é manter o foco. Discipulado requer que mantenhamos os nossos olhos em Jesus: "olhando firmemente para o autor e consumador…". Discipulado requer que cultivemos uma comunhão bem próxima como Jesus. Mais do que nosso mestre, Ele deseja ser nosso amigo. Amigos/as compartilham.

Nessa comunhão, Jesus compartilha conosco Seus planos, Sua visão, não apenas para a nossa vida, mas para a nossa família, nossa igreja, nosso país, o mundo. O chamado para o discipulado é aberto a todos/as. Não é um programa da igreja. É um desafio de Jesus.
E quem quer que seja que decida vir a Jesus precisa estar disposto/a a cumprir estas três condições: 1) negar-se a si mesmo/a; 2) tomar a cruz (dia após dia) 3) seguir a Jesus.   

 
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