Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 28/02/2011

Sunamita ensina sobre ato de fé e ousadia

Por Revda. Giselna Almeida Matos
Pastora da Igreja Metodista em Edson Passos - RJ


 As relações humanas sempre foram delineadas por ideias, atitudes e comportamentos os mais diversos: gentileza, solidariedade... E também por indiferença e desvalorização de algumas pessoas em relação a outras. Neste sentido, a história revela que, em muitas situações, a mulher como pessoa e sua atuação foram menosprezadas em relação ao homem e sua maneira de agir. A Bíblia, também, retrata esta situação a partir da vida de muitas mulheres, como Agar, Rute, Ester, Débora, porém, resgata a importância da mulher e que mulheres e homens são filhas/os de Deus e amadas/os por Ele de igual maneira. Porém, é sobre a Sunamita (2 Reis 4.8-37) que vamos compartilhar um pouco.

Quem era esta mulher?
A Bíblia não menciona o seu nome, apenas a chama de Sunamita, que quer dizer oriunda da cidade de Suném, cujo nome significa: Lugar de repouso. Localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel, é herança da tribo de Isaacar (v. 8).
 
O profeta Eliseu exercia seu ministério quando foi encontrado pela Sunamita: “Eis que este é um santo homem de Deus”. Aquela mulher era temente a Deus e, por seu relacionamento com Deus, tinha discernimento para ver que Eliseu era um homem separado por Deus. A partir daí, Eliseu tornara-se hóspede dela (v. 9,10).
 
Como forma de retribuição, Eliseu pensou em falar com o rei para, quem sabe, lhe retribuir os favores. Sua resposta foi: “Eu habito no meio de meu povo”, ou seja, “sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo”. Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho. Passado um tempo, o filho da sunamita sente uma forte dor de cabeça e falece (v. 12-17).

Um ato de fé e determinação
Ela não chorou nem mandou enterrar seu filho, mas deitou o menino no quarto de Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo, ao encontro do profeta.  Sem olhar para a situação, para o problema, a sunamita corre ao Carmelo, que significa Presença de Deus (v. 18-22).

A vida de Sunamita pode ser uma lição para os dias atuais. Vivemos momentos de tristeza e morte na região serrana do Rio, a crise do Egito e estamos às vésperas do Concílio Geral, momento de avaliação, preparação e propostas para compor as novas leis canônicas. Este é um momento tenso, mas pode ser também um instante de possibilidades e superações. Você, mulher, está sendo desafiada a colocar as suas mãos a serviço do Reino de Deus.

Como a Sunamita, podemos ter discernimento para nos posicionar segundo a vontade de Deus, não sendo coniventes nem omissas nos momentos de adversidades, mas mantendo firme a convicção de que somos chamadas como instrumentos nas mãos de Deus, sendo solidárias e atuantes. Acreditar no impossível de Deus para nós. No caso da Sunamita, a ressurreição de seu filho (v. 23-37).
 
Mulheres está chegando a data em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Não devemos continuar só nas comemorações, temos que mostrar nossa capacidade de conviver em meio a tantos conflitos e ter equilíbrio emocional e fé, sabendo que Deus age e pode mudar o rumo. Seja forte e corajosa!

O que nos ensina a Sunamita?
 
•    Como a Sunamita, devemos enfrentar as situações que agridem nossa integridade, que deponhem contra nossa honestidade e fidelidade ao Deus da Vida (v. 19, 20, 24, 25);
•    Somos mulheres corajosas e fortes. Não temos medo dos desafios e lutamos pela justiça. Devemos, como a nossa amiga, aprender a discernir as pessoas que Ele mesmo quer usar em nossas vidas, a exemplo do Profeta (v. 9);
•    Encorajadas a desenvolver a FÉ, com a ousadia da Sunamita que percorreu quilômetros em busca do seu desejo, do sonho de ver seu filho vivo. Ela não olhou para os obstáculos. Visitar o Monte Carmelo quer dizer estar sempre na Presença de Deus buscando força e coragem (v. 25, 36, 37).

Eu a convido a desafiar os seus medos e, como a Sunamita, buscar uma vida melhor, em segurança e confiança no Deus, que realiza muito mais do que queremos ou pensamos.


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