Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Artesim.

Os muitos frutos da bananeira

 

 "O projeto nasceu em janeiro de 2005 nas reuniões de oração da Congregação do Grajaú - RJ como uma resposta para desempregados, aliando a habilidade das mulheres como artesãs e a vocação ecológica do bairro do Grajaú-RJ, que, mesmo urbano,ainda tem bananeiras".

Bananeira só dá cacho uma vez. Quando uma bananeira produz seu fruto, ela precisa ser cortada para gerar um novo broto e produzir novamente. Afinal, "bananeira que já deu cacho", como diz o dito popular, não tem mais futuro... Contudo, existe um grupo de mulheres do Grajaú, Vila Isabel e Andaraí, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, que está conseguindo fazer uma única bananeira produzir mais de uma vez. O segredo é um processo artesanal que utiliza as fibras do tronco da bananeira como matéria-prima para a confecção de lindas carteiras, capas de agendas, jogos americanos e bijuterias. O que antes virava adubo, agora é arte.

O projeto Artesim começou em 2005 na Congregação Metodista do Grajaú, Rio de Janeiro, com o objetivo de proporcionar uma oportunidade de trabalho e renda a mulheres com idade acima de 30 anos. Atualmente, com 68 pessoas cadastradas, entre voluntários/as e artesãs, o projeto aguarda a finalização do processo de inscrição realizado na Incubadora de Tecnologias das Cooperativas Populares (ITCP) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Se aprovada a inscrição, a idéia é formalizar uma cooperativa. Hoje, com dois dias de trabalho por semana é possível obter uma renda de R$ 200,00 mensais. Com a formalização da cooperativa, esse ganho poderá ser ainda maior, pois permitirá a comercialização dos produtos em outras cidades e até em outros países. Enquanto isso, o Artesim desenvolve "noções básicas de trabalho e até um código de ética", explica Rosângela Tavares, coordenadora do projeto. "Nosso principal objetivo sempre foi fazer a conexão entre a cidade e a zona rural.".

   

Cilque aqui para ver a entrevista da coordenadora do projeto Rosangela Tavares.

Clique aqui para ver o cartaz do SEMINÁRIO DE ECOLOGIA E SOLIDADRIEDADE


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