bolsa de estudos ismart

O ISMART ? o Instituto Social Maria Telles, que procura proporcionar educa??o de primeira qualidade nas melhores escolas de S?o Paulo para jovens oriundos de fam?lias de baixa renda, por?m com elevado potencial acad?mico. As bolsas s?o oferecidas para jovens a partir da 7a s?rie, com sele??o no segundo semestre do ano. 
 
A institui??o concede bolsas para estudantes que realmente demonstrem interesse pelos estudos e que sejam provenientes de fam?lia de baixa renda nas cidades de S?o Paulo, Rio e S?o Jos? dos Campos. Para 2009, pretende captar quase 200 alunos para fazer frente ?s suas metas de crescimento
.
 
Mais informa?es no site
www.ismart.org.br

VEJA TAMB?M:


G?NIO POBRE GANHA MECENAS PARA ESTUDAR


Mat?ria da Folha de S.Paulo, 18/06/2007: Programa d? bolsas de estudo a alunos talentosos de escolas p?blicas para melhores col?gios particulares do Rio e de SP

Instituto Social Maria Telles tem or?amento de R$ 4 mi e escolhe candidatos com base em testes que avaliam potencial de aprendizagem

LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Bruno Henrique da Silva, 13, aluno da s?tima s?rie, ? filho de Silvana, 37, cabeleireira, m?e solteira, que h? tr?s anos e meio migrou de Campo Grande (MS) para S?o Paulo em busca de novas oportunidades profissionais. O menino mora com a m?e e a ?nica irm?, Fl?via La?s, 21, em um quarto com banheiro e cozinha no bairro do Bexiga (centro de S?o Paulo). Silvana atende em domic?lio e se acostumou a deixar o ca?ula no Conjunto Nacional enquanto se dirige ?s casas das clientes, na regi?o da avenida Paulista.
O garoto perdeu a conta das horas passadas na Livraria Cultura, lendo tudo o que lhe ca?sse nas m?os durante o trabalho da m?e (renda de R$ 1.000 mensais). Bruno nunca foi ao Playcenter ou ao Hopi Hari, mal se lembra do ?ltimo filme a que assistiu, n?o tem telefone fixo em casa, iPod ou computador. A m?e s? estudou at? a quinta s?rie. O pai, ele viu apenas uma vez, quando tinha tr?s anos. Mas Bruno ? um dos melhores alunos de um dos melhores col?gios particulares de S?o Paulo, o Bandeirantes, R$ 1.385 s? de mensalidade.
? rotina pesada. De manh?, das 7h ?s 12h, o menino assiste a aulas na Escola Estadual Rodrigues Alves, na avenida Paulista. Ent?o, vai para o Bandeirantes, onde almo?a. Das 13h50 ?s 17h40, tem aulas com uma turma de 20 alunos oriundos de escolas p?blicas como ele, para se alinhar ao padr?o de excel?ncia educacional cultivado pelo Bandeirantes. De volta para casa (percurso de 2 km, feito a p?, sozinho), Bruno ainda estuda mais tr?s horas.
A mesma vida o garoto ter? na oitava s?rie. A id?ia ? torn?-lo apto a acompanhar o ensino m?dio regular do Bandeirantes (R$ 1.507 apenas de mensalidade, sem contar material did?tico e outros investimentos).
A inequa??o que relaciona os custos com a educa??o de Bruno e a renda de sua fam?lia s? se tornou vi?vel porque o garoto foi aprovado no Ismart, um programa de incentivo que d? bolsas de estudos e leva estudantes de escolas p?blicas muito talentosos e de baixa renda para estudar nos melhores col?gios particulares -esp?cie de mecenato.
Segundo a m?e de Bruno, o col?gio Rodrigues Alves, que o menino ainda freq?enta, “? muito fraco”. “Meu filho acaba indo ao col?gio s? para enfeitar o pr?dio. Um dia n?o tem aula porque o professor faltou; outro, tamb?m. J? houve caso de chegar o final do ano, e o Bruno ainda estar no segundo ou terceiro cap?tulo do livro did?tico. Um atraso”.

Informantes
In?s Boaventura Fran?a, 45, ? psic?loga e gerente t?cnica do Ismart -o nome ? uma abrevia??o de Instituto Social Maria Telles-, que tem or?amento anual de R$ 4 milh?es e vive de doa?es de pessoas f?sicas e grandes empresas. Segundo In?s, para localizar os geninhos pobres (renda per capita familiar m?xima de R$ 570), a equipe t?cnica do Ismart conta com uma rede valiosa de informantes: os professores da rede p?blica de ensino -respons?veis pela maior parte das indica?es de candidatos ao programa.
Mas o pessoal do Ismart quer os melhores dentre os melhores e, por isso, submete a meninada inscrita a uma sele??o rigorosa, que levar? em conta principalmente o potencial de aprendizagem. Aprovam-se apenas 5% do total de inscritos, mesmo ?ndice de faculdades hiperconcorridas.
Em S?o Paulo, o Ismart mant?m parcerias com os col?gios Santo Am?rico, Vera Cruz, Santa Cruz e com o Objetivo, al?m do pr?prio Bandeirantes. Atualmente, h? 220 alunos atendidos (cem no Rio de Janeiro e 120 em S?o Paulo).
Despesas com material escolar, transporte, uniforme, alimenta??o e acesso a espet?culos culturais s?o pagos pelo projeto. O objetivo de tudo ? o sucesso. ? transformar meninos pobres -mas geniais- em profissionais de sucesso, “CEOs das empresas mais importantes”, conforme explica a gerente In?s, referindo-se ? sigla inglesa que designa presidentes de corpora?es.
Segundo o site do projeto, espera-se, “assim, contribuir para mudar a composi??o da futura elite intelectual brasileira, garantindo que seus l?deres reflitam a verdadeira face do pa?s”. Para In?s, o valor m?ximo no Ismart ? o m?rito. “Cultivamos a meritocracia.” Na pr?tica, ? uma pauleira. Se o menino n?o acompanhar o curso, apesar do apoio dos psic?logos, um abra?o. Um em cada quatro alunos perdem-se no meio do caminho ou s?o exclu?dos. O objetivo, diz In?s, ? atingir a marca de 80% de aproveitamento.
Para os pais dos vencedores, ? um orgulho. A quitinete de 18 metros quadrados no bairro da Liberdade (centro de S?o Paulo) em que se espreme a fam?lia de Jefferson Danilo de Sousa Pacheco, 13, na s?tima s?rie, pai comerciante da rua 25 de Mar?o (famosa pelos camel?s), m?e dona-de-casa e um irm?o de sete anos, por exemplo, fica em sil?ncio total quando o adolescente precisa estudar. A m?e abre m?o da novela, o pai assiste ao futebol com a televis?o muda. “Temos de ajud?-lo a realizar o sonho de se tornar um grande escritor”, diz a m?e, Maria Lucilene de Sousa, 38.
Tamb?m ? assim com a fam?lia de Bruno Resende Domingues, 15, segundo ano do ensino m?dio, morador no Graja? (bairro pobre da zona sul de S?o Paulo) e vencedor em uma Olimp?ada de Matem?tica. O pai, aposentado por invalidez com renda de R$ 1.500, fazia bico de carreto com uma Kombi velha s? para comprar livros para o filho.
Apesar da ades?o, o professor J?lio Groppa Aquino, da Faculdade de Educa??o da USP, tem uma nota ?cida: “Quando a gente come?a a achar que ? preciso retirar os melhores talentos da escola p?blica a fim de salv?-los, ? porque o ideal republicano acabou”.

Picture of Portal Igreja Metodista

Portal Igreja Metodista

Igreja Metodista - Sede Nacional.

Tags

compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nossas notícias

Receba regularmente as notícias da Igreja Metodista do Brasil em seu e-mail.
A inscrição é gratuita!