Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 24/11/2010

Câncer: Estudo aponta sugestões para melhorar a chamada qualidade da morte

Amenizar o sofrimento de pacientes com câncer em estágio avançado e também os que estão no fim da vida é o objetivo dos Cuidados Paliativos, uma prática em desenvolvimento também no Brasil e foi debatida no Simpósio Expansão dos Cuidados Paliativos no Brasil, nos dias 16 e 17 de novembro, no Rio. O crescente envelhecimento da população, demonstrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, aliado a um ranking sobre a qualidade de morte, realizado na Grã-Bretanha, que colocou o Brasil em antepenúltimo lugar nesse quesito, chamam a atenção para a importância do tema. Entre os 40 países avaliados, o país ocupou a 38ª posição. A Grã-Bretanha ficou em primeiro lugar, seguida da Austrália e Nova Zelândia.

Anualmente, mais de 100 milhões de pacientes e familiares precisam de tratamentos paliativos, mas apenas 8% desse total têm acesso a eles, de acordo com pesquisa encomendada pela Aliança Mundial de Cuidado Paliativo. O estudo aponta sugestões para melhorar a chamada “qualidade da morte”, como aperfeiçoar a listagem de medicamentos analgésicos, para o controle da dor, um ponto relevante no tratamento paliativo, além da disponibilidade de opiáceos (como morfina e equivalentes). Esse tipo de cuidado reduz gastos em saúde associados a internações hospitalares e tratamentos de emergência.

Com o envelhecimento da população, constatado na PNAD em 2009, confirma-se a tendência demográfica, que começou na década de 1970, de desaceleração no ritmo de crescimento populacional e de envelhecimento da população brasileira. O número de idosos passou de 1,7 milhão para 21,5 milhões, entre 1940 e 2009, no Brasil, e estima-se aumento nas próximas décadas.

Para alavancar uma melhor posição do Brasil nos Cuidados Paliativos, a médica Claudia Naylor, diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que promove o Simpósio Expansão dos Cuidados Paliativos no Brasil, em conjunto com a Fundação do Câncer e com o suporte do International Network for Cancer Treatment and Research (INCTR), destaca a importância de identificar prioridades nessa área da saúde. “É fundamental, por exemplo, a criação de grupo de trabalho em Cuidados Paliativos em nosso país. As realidades de cada região são diferentes e causam impacto nesse nível da atenção oncológica”, argumenta.


Humanização

Inaugurada em 1998, a unidade de Cuidados Paliativos do INCA, o Hospital do Câncer IV, em Vila Isabel, no Rio, é responsável pelo atendimento integral aos pacientes da entidade em estágio avançado da doença. A unidade trabalha com equipes multiprofissionais, dentro das normas de humanização do atendimento, realizando consultas ambulatoriais, visitas domiciliares, internação hospitalar e serviço de pronto atendimento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.

Com o objetivo de facilitar a permanência do paciente em casa, o hospital disponibiliza ainda material para atendimento domiciliar e medicamentos para controle dos sintomas, que contribuem para o bem-estar do doente. O HC IV dispõe de quatro andares de enfermarias, com 56 leitos, e atende, em média, 1000 pacientes por mês.

Fonte – Instituto Nacional do Câncer


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