Publicado por José Geraldo Magalhães em Homens, Destaques Nacionais - 14/04/2014

Confederação Metodista de Homens: uma reflexão sobre a Rema

Narciso Ferreira
 
Eu estava ouvindo a pastora Luciana Soares Rego, da Igreja Metodista em  Ji-Paraná/RO, falando aos homens presentes no III Congresso Regional da Federação das Sociedades Metodistas de Homens da Região Missionária do Amazonas, mulher de Deus, preparada para pastorear aquela grande igreja. Fiquei pensando nos outros pastores daquela enorme região missionária, com sua imensidão de cidades, que em muitas delas ainda sem a presença da nossa  Igreja Metodista.
 
Fiquei ouvindo e pensando e também observando  o mapa geográfico metodista daquela região e analisando quão distantes estão as igrejas já plantadas, uma da outras!
 
No momento desta reflexão lembrei-me de uma manchete que escrevi no jornal da Sexta Região, Notícias da Sexta, em letras grandes – Vamos povoar Santa Catarina de Metodistas. Foi uma chamada ouvida. Hoje, o Estado de Santa Catarina tem muitas igrejas metodistas após aquela chamada jornalística.
 
Repito, hoje, nesta reflexão, QUE PRECISAMOS POVOAR DE METODISTAS, AS REGIÕES MISSIONÁRIAS BRASILEIRAS. Há, AINDA,  muito  POR  FAZER, no Brasil!
 
No dia que estava escrevendo essas linhas, conversei com o Pastor Fábio, filho do Pastor Deonizio  Agnelo dos Santos, que pastoreia, pai e filho, a Igreja de Vilhena-Ro. Disse o Pastor Fábio que, quando o seu pai era pastor em  Porto Velho e ele em Boa Vista  no Estado de Roraima, eles se viam, se encontravam, se visitavam apenas uma vez por ano, em razão da distância e a falta de estradas.
 
Pastor Fábio contou-me, ainda, que um pastor metodista foi nomeado para a Igreja de Manaus,  e que, por falta de recursos, ficou anos sem receber a visita de familiares e vice versa. Certa vez esse pastor foi abençoado pelo pastor Deonizio, financeiramente para permanecer uma semana na sua casa, em convívio com a sua família, mantendo, assim, uma comunhão missionária e troca de experiências.
 
Ser missionário na Região Amazônica é muito difícil. O Missionário fica isolado, pela distância, pelos parcos recursos financeiros, do pastor e da própria igreja. Em Manaus, segundo o Pastor Fábio, a igreja é muito pobre. Setenta por cento dos crentes alimentam-se, basicamente de farinha e peixe. Os mais abastados não permanecem por muito tempo na região. Ficam na cidade e na igreja, em média de três anos, e depois vão embora. É isso mesmo. Em Porto Seguro, na Bahia, já estamos vivenciando essa  experiência.
 
É muito sofrida a vida de um missionário brasileiro.  Para ser missionário deve-se ter coragem de dividir o tempo com os outros,  onde quer que seja, levando a paz e pregando o amor de Deus nas mais diferentes culturas.
 
Diz o missionário católico,  Luciano Figueiredo, de Porto Velho, que ser missionário no Brasil é colocar-se á disposição dos irmãos, principalmente dos doentes e marginalizados. É testemunhar e não se preocupar em falar aos outros. É anunciar o evangelho à todas as criaturas. É denunciar todo sistema que escraviza. Ter a mesma atitude de Jesus. Ter o coração aberto para todos que se achegarem.
 
Quero concluir essa minha reflexão, dizendo aos irmãos e irmãs missionários metodistas no Brasil, que a atual diretoria da Confederação das Sociedades Metodistas de Homens do Brasil, representada pelo dinâmico presidente Abdenêgo Eugenio, tem reconhecido esse ministério de todos vocês e não só tem orado ao Senhor da Graça e da Misericórdia, bênçãos representadas por pessoas generosas que possam visitá-los, mas também  com recursos financeiros.
 
O meu abraço fraterno e o meu reconhecimento pelo abençoado trabalho que realizam, longe de tudo e de todos os seus familiares.

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