Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Palavra Episcopal Novembro 2010

Os sinais da Graça nos Dons e Ministérios.


Bispo Adolfo Evaristo de Souza
Bispo na REMA - Região Missionária da Amazônia

Da década de sessenta a este tempo, por meio da globalização e gestação de futuro governo mundial, tem ocorrido tantas alterações na vida em sociedade, decorrentes de profundas mudanças geopolíticas, processadas pela educação nas ciências sociais, econômicas, tecnológicas e principalmente religiosas.
Assim, sem poder se isolar, o ser humano vê os conflitos sendo multiplicados de forma arrasadora gerando violências e morte e fazendo-nos lembrar das razões que Deus apresentou a Noé para trazer o Dilúvio sobre a terra.

Atentemos: “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.” Gn.6.11-13.
Em meio a todo este quadro, o maior Sinal da Graça de Deus para com os homens e mulheres, foi ter enviado à terra o segundo Adão (Jesus Cristo), nascido de mulher para iniciar uma nova criação. John Wesley, no século XVIII entendeu este Sinal, quando decidiu por uma entrega total a Jesus, e firmado na Palavra, legou para nós o Metodismo.
A Igreja Metodista em 1987, no XIV Concílio Geral, descortinou tal sinal, quando decidiu não mais ser uma Igreja de cargos e aprovou ser uma Igreja de Dons e Ministérios , por entender que a Igreja é mais Corpo místico do Cristo ressurreto do que organização eclesiástica.
Muitos, ainda não perceberam o significado da decisão conciliar, e porque não entendem, tem dificuldades para contribuir como parte do Corpo de Cristo.
 Uma Igreja de Dons e Ministérios na perspectiva do Reino de Deus é uma Igreja aberta para missões por meio da essência de ser Sal e Luz do mundo. Não temos sal em nós mesmos devido o pecado, “pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”, daí necessitamos de liberdade para cumprir toda justiça. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, Jo.8.36. É na liberdade do Filho de Deus que temos condições de ser Luz.
Sal e luz proclamam: sabor, conhecimento/sabedoria, qualidades, estas que só provém da convivência discipular com manifestação da vida de dentro para fora, ou seja, implica em que o Reino de Deus esteja dentro de nós de forma real e com frutos.
Paulo, o apóstolo escrevendo aos Hebreus, proclama que Deus, hoje, fala ao mundo por meio de seu Filho (Hb.1.1-4).O Seu Filho é visto no mundo por meio de testemunhas. A pós modernidade se assemelha muito aos tempos do profeta Daniel onde manifestações idolátricas eram muito fortes (Dn.3.1-30). De igual forma a provação da fornalha incandescente, se torna desafio para o verdadeiro testemunho cristão nos dias de hoje.
Assim, a decisão do Concílio Geral projetou os metodistas a se inserirem nos sofrimentos humanos como ferramentas, humano/divina, tornando-os instrumentos do próprio Deus no poder do Espírito Santo.
Do ponto de vista da tipologia de Igrejas, segundo o Apocalipse, somos desafiados a nos tornarmos discípulos e discípulas de Cristo em meio às religiões cristãs, inclusive a nossa, onde Cristo bate à nossa porta para encontrar ouvidos ávidos por aprender do Senhor as verdades eternas.
Pela vertente da eternidade João, o evangelista defende a tese: “A fé que vence o mundo”.
A Bíblia da Liderança Cristã de John C. Maxwell, editada pela Sociedade Bíblica do Brasil, resume o capítulo 5 da Epístola de João, com o título: “A Lei da Vitória: Deus dá a vitória a todos nós.”.
Vejamos quantos Sinais da Graça são encontrados no capítulo 5 de João, segundo as evidências apresentadas:
a) Novo Nascimento; b) Fardo leve, porque é pela graça = relacional e não por impositividade legal; c) Vencedor sobre o mundo como fruto de discernimentos pessoais e coletivos; d) Fé, tendo em vista constante vigilância para agradar a Deus, amando-O e amando ao que Ele ama; e) Testemunho do Espírito, em ser filho de Deus; f) Novidade de vida, pois a vida de Cristo transparece nas ações; g) A vontade de Deus se faz presente; h) Segurança em Cristo; i) Andar em Sabedoria, sendo Luz; j) Livre da idolatria e vivendo na Unção do Ressuscitado.
Por falta de espaço, recomendo a leitura dos textos: Rm.12.1-8; I Co.12.1-3;Ef.4.7-15 e I PE.4.7-11.
Concluo com duas doxologias que evidenciam a centralidade do Cristo ressurreto de quem recebemos os dons e ministérios:
Rm. 16. 25 - Ora aquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério gerado em silêncio nos tempos eternos, e que, agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento de Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações, ao Deus único e sábio seja dada glória por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!
Judas (v. 24) – Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante de sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, senhor nosso, glória, majestade, império e sabedoria, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.

Jesus Cristo é o Senhor!

Bispo Adolfo Evaristo de Souza
Bispo na REMA - Região Missionária da Amazônia


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