Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

posse bispo roberto

CULTO DE ACOLHIDA AO BISPO ROBERTO ALVES DE SOUZA

 

Por Janine Mendes Barreto- Coordenadora de Comunicação da Igreja Metodista Central de Belo Horizonte

No dia 6 de janeiro de 2007, na Igreja Metodista Central de Belo Horizonte, o Bispo Roberto Alves de Souza tomou posse como Bispo da 4ª Região Eclesiástica. O culto de acolhida contou não somente com a presença de vários pastores e membros metodistas da 4ª RE, como também de membros da Igreja Metodista Central de Cabo Frio, 1ª RE, que ainda trouxeram o seu Coral Carlos Wesley, com apresentação debelíssimos cânticos de louvores ao nosso Deus Altíssimo. A ocasião também foi de despedida do Bispo Josué Adam Lazier e de toda a sua família. Em um dos vários momentos da solenidade, a bispa Marisa de Freitas Ferreira Coutinho intercedeu em favor do novo bispo e sua família e também pela família do Bispo Josué, "principalmente no seu novo desafio".

No ato de acolhida ao Bispo Roberto, ele recebeu os símbolos do episcopado, entregues por representantes de ministérios regionais: Bíblia, Estola, Cajado, Cânones, Martelo Episcopal. Descontraído, o bispo Josué entregou ao novo bispo um presente de "extrema necessidade" que, segundo ele, vai ajudá-lo muito na sua nova caminhada: um exemplar do Guia Quatro Rodas. Todos os presentes não conseguiram contar o riso. A irmã Marlussi Sathler, Presidente da Federação de Mulheres, juntamente com outras sócias, entregou"uma pequena lembrança da Federação de Mulheres" para Josely e Bispo Josué e também fizeram uma homenagem ao Bispo Roberto e sua esposa Marta. "A Federação, que é ?fortinha? em todos os sentidos, está à disposição do casal e também pronta para colaborar, para ajudar naquilo que for possível", disse Marlussi.

Com a palavra, o Bispo Roberto saudou toda a igreja, em especial à Igreja Metodista Central de Cabo Frio, representada através de alguns irmãos e pelo Coral Carlos Wesley e também agradeceu, carinhosamente, à sua esposa Marta, lembrando que no dia seguinte completariam 18 anos de casados. Após esse momento, convidou-a para a leitura da Palavra de Deus na 1ª carta aos Coríntios, cap.1, vs.26 a 29. "Temos que desafiar, provocar, estimular, despertar e pensar como Metodista, refletir sobre os desafios de Deus para nós metodistas, hoje, no século 21", disse o Bispo. Falou sobre a história do povo chamado metodista, que foi um movimento repleto de desafios. Segundo ele, "desafio de reformar a Igreja Anglicana, uma igreja cujos líderes da grande cúpula estavam envolvidos em práticas de injustiça, corrupção e de exploração, desafio de reformar a nação-igreja, que vivia o caos de uma sociedade que enfrentava as conseqüências da Revolução Industrial". Dentre outros aspectos, nos alertou que precisamos alcançar as classes marginalizadas de Belo Horizonte e que é essencial fazermos pregação ao ar livre. Temos que crescer, pois crescimento é ordem do Senhor Jesus Cristo para a vida da igreja", afirmou o Bispo. Disse também que para ser líder o carisma é importante, mas o caráter é fundamental.

Clique aqui para ler o sermão do Bispo Roberto, na íntegra.

Após o término do culto, atenciosamente e sem pressa, o Bispo Roberto atendeu a todos os pedidos de fotografia e conversou com todos que o procuraram e ainda concedeu uma entrevista para o Ministério de Comunicação da Igreja Metodista Central de B.H. Confira:

MC- Quais são as metas para o seu episcopado a curto, médio e longo prazo? O que há de novo?

Bispo - Eu ainda não entrei em um programa a nível de episcopado. Vamos seguir o programa de Revitalização e Crescimento das Igrejas da Região. A novidade, que também é um projeto da Igreja Metodista na 4ª RE, como no Brasil inteiro, é a questão do Discipulado que a gente pretende desenvolver.

 

MC - Nos esclareça a respeito da saída da Igreja Metodista do Ecumenismo (saída da Igreja de órgãos ecumênicos nos quais esteja presente a Igreja Católica) e da Maçonaria, decidida no último Concílio Geral.

Bispo - Foi votado no Concílio Geral a questão da presença da Igreja Metodista no ecumenismo e na maçonaria. Primeiramente, quero deixar claro que nós, metodistas, não temos nada contra quem é católico. A questão é que o macro ecumenismo estava trazendo muitas dificuldades e problemas para a Igreja. A decisão do Concílio foi sábia, pois temos que pensar é na igreja, na nossa unidade interna, no seu fortalecimento. Não adianta pensarmos na unidade externa se internamente estamos com deficiências. Quanto a maçonaria, a partir do dia 1º de janeiro deste ano já entraram em vigor nos novos Cânones a proibição da presença de qualquer membro da Igreja Metodista , não só na maçonaria, mas em qualquer Sociedade que seja secreta.

 

MC- A divulgação sobre essas decisões ainda estão tímidas. Só teve notícias no site oficial da Igreja Metodista, nos dias do Concílio, e no Diálogo Pastoral, que é um informativo de nível regional da 4ª RE, mas que a grande maioria dos membros não tem acesso. Isso sem falar dos membros que saíram por não concordarem com essas "práticas". Vai ter alguma divulgação em massa, já que o assunto é polêmico e de interesse multo?

Bispo - Eu creio que vai ser feita divulgação através de outras formas de comunicação, não só através dos jornais, mas também da revisão que vai ser feita nas pastorais do Colégio Episcopal sobre o ecumenismo e sobre a maçonaria; outros documentos que vão ser plenamente divulgados e estudados. Vamos começar a trabalhar todas essas mudanças nos Encontros Ministerial e Regional de Pastores, ou seja, nas próximas atividades que tivermos essas questões vão continuar sendo divulgadas até o Concílio Regional.

 

MC - Alguns pastores, como o Rev. Lauro da Cruz Reis, saíram da Igreja Metodista. Há alguma possibilidade deles retornarem como pastores metodistas, principalmente o, que pastoreou a Igreja Metodista Central durante 12 anos?

Bispo - Não conheço o Rev.Lauro intimamente. Quando fui eleito Bispo, tive a oportunidade de almoçar com ele. Eu pretendo visitá-lo, assim como pretendo visitar a todos os outros pastores que saíram da Igreja Metodista no sentido de expressar o amor enquanto Igreja. A gente sabe que foram processos conturbados para ambos os lados, mas nós não queremos, enquanto metodistas, ficarmos presos a isso; queremos deixar bem claro que nós expressamos o perdão e a Graça de Deus sobre a vida deles. Voltar ou não é uma decisão deles. Da nossa parte, a Igreja Metodista sempre esteve e sempre vai estar aberta para acolher e receber quem quer que seja, e, especialmente, a eles. Respeito a decisão de todos, mas, fazendo contato com eles e, se for possível, com a Igreja deles também, deixaremos esclarecido que a Graça de Deus está sobre as nossas vidas e se eles quiserem continuar como estão, que eles continuem sendo abençoados.Nós entendemos que a Igreja Metodista é uma das igrejas que pertencem à Igreja do Senhor Jesus Cristo. Nós não somos a única Igreja de Cristo, mas um ramo dela. Foram perdas que nos entristeceram, pois amamos esses pastores e pastoras, irmãos e irmãs que hoje estão em outras Igrejas por causa das crises internas que nós vivemos. Eu creio que a minha missão não é voltar ao passado, porque eu não fiz parte dele. Também não queremos. Não está em questão quem errou ou quem deixou de errar, mas sim de expressar a esses pastores e membros que nós precisamos muito do perdão deles, pois queremos que a nossa igreja cresça e a eles compete a decisão de continuar aonde estão, se assim desejarem, ou voltar. Seja qual for a decisão, iremos respeitar.

 

MC - Vejo uma distância muito grande em relação dos membros com o Bispo, mas sei também que os compromissos, as viagens são muitas. Há uma possibilidade de um contato mais direto entre vocês?

Bispo - Interessante. Já pensei sobre o assunto de, como Bispo, procurar ter um diálogo com os setores da igreja como, por exemplo, com os seminaristas - já existe através da assessoria, mas também ter um diálogo direto; com os evangelistas, que é uma área da igreja muito importante e precisa ter um contato direto e com outros grupos como jovens, juvenis, adultos, dentre outros.

 

MC - Há rumores que o Sr. vai congregar na Igreja Metodista Central. Confirma isso?

Bispo - Eu tenho em meu coração, a idéia de não me desvincular 100% de uma igreja local, mesmoporque a Igreja Metodistahoje procura Bispos que sejam pastores. Temos discutido isso, nós Bispos e a Bispa Marisa, e eu vejo que umas das formas de não se esquecer desse lado pastoral em nossas vidas, que sempre foi uma tradição, é o Bispo estar ligado a uma igreja da Região. No meu caso, a Igreja Metodista Central é um símbolo das igrejas na capital e, se for possível, através da caminhada, do diálogo, reservar um tempo específico na Central, a nível pastoral, dentro de um projeto que eu ainda não pensei exatamente qual seria, ou através de uma reunião um culto... algo nesse sentido, mas ainda tenho que me reunir com os pastores da Central. Eu ficaria muito feliz se puder dar alguma parte do meu tempo como pastor na Igreja Metodista Central de BH. Pretendo, dentro dessa mesma visão, levar a outros distritos mais distantes e a outras igrejas também a presença pastoral do bispo.

 

MC - E a praia, vai sentir muita falta dela?

Bispo - Vou sentir falta de ver a praia, apreciar a beleza, aquela areia branca, a água maravilhosa... Na verdade, ir mesmo à praia, era muito pouco. Primeiro, devido à falta de tempo e, segundo, confesso que não sou fã número 1 de tomar banho no mar. Ver a praia pra mim já era o bastante.

 

MC - Então, passear na orla da lagoa da Pampulha supre um pouco a falta da praia?

Bispo - Resolve o problema. Basta ir até lá e apreciar a vista, a beleza dela. Quando eu sentir saudades das praias de Cabo Frio é só falar para algum mineiro daqui de BH que, certamente, vou ter que levar um ônibus (risos).

 

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