quer carregar um pouquinho?


Nossa igreja tem se alegrado muito nos ?ltimos meses com a chegada de tantos beb?s. Meninos e meninas pequeninas t?m sido trazidos ao templo, carregados pela m?e, pai, av?s, tios, que mal se cont?m, de tanta felicidade. A crian?a rec?m-nascida exerce sobre n?s um fasc?nio todo especial. Queremos v?-las de perto, e se poss?vel carreg?-las, nem que seja s? um pouquinho. Por qu??


Penso que talvez seja porque o beb? representa toda a esperan?a da vida, e quando o temos nos bra?os, compartilhamos dessa esperan?a.


Volto o pensamento para uma cena do Evangelho — Lucas ? quem nos descreve a ida do jovem casal Maria e Jos? ao templo de Jerusal?m (cen?rio emblem?tico de tantos outros epis?dios b?blicos), levando o beb? Jesus para os rituais tradicionais de purifica??o. Fecho os olhos e imagino o burburinho, a multid?o entrando e saindo, os animais para o sacrif?cio, c?nticos, ora?es… E o casal chegando, uma mo?a t?o nova, um rapaz forte ao seu lado, emocionados como todo pai e m?e com o nascimento de seu filho, trazendo-o pela primeira vez ao templo para sua consagra??o. Eram gente piedosa, e se por um lado a alegria era imensa, as d?vidas tamb?m os assombravam, pois que n?o podiam entender bem a reviravolta que a vida tinha dado em seus planos de jovem casal.


E havia tamb?m Sime?o, um velhinho que imagino simp?tico e carinhoso, parecido com tantos idosos que frequentam nossas igrejas ainda hoje. O texto diz que, movido pelo Esp?rito Santo, Sime?o foi nesse dia ao templo.


Como foi que Sime?o sabia o que procurar, e como conseguiu localizar Jos?, Maria e a crian?a naquela multid?o? Certamente havia outros casais com beb?s nesse dia por ali… Fico intrigada… Como um velhinho identifica um casal desconhecido naquela aglomera??o?


Lucas nos conta que Sime?o n?o s? os encontrou, como foi em sua dire??o, tomou a crian?a nos bra?os e cantou, afirmando que seu sonho se realizava ali. Sim, pois Sime?o tinha um sonho, e vivia na expectativa de sua realiza??o.


Todos n?s temos muitos sonhos. Alguns pessoais, outros que se referem ? fam?lia, ? comunidade, ao pa?s. Alguns dependem quase que exclusivamente de n?s mesmos, outros s? se realizar?o se diversas for?as atuarem numa determinada dire??o. Outros, ainda, talvez nunca se concretizem. E quando um novo ano se aproxima, nossa capacidade de sonhar aumenta, e renovamos a expectativa por dias melhores, alegria, sa?de, paz…


Sime?o sonhava com a salva??o. N?o a sua, mas a de todos os povos. E ele esperou toda a sua vida pela chegada do Messias, sonhando com a possibilidade de vida mais digna para todos os povos, a partir da vinda daquele Salvador. E ele sentia no fundo de sua alma que n?o morreria sem ver esse desejo tornar-se realidade.


Quando ent?o o Esp?rito o orienta a vir ao templo naquele dia, ele vem na esperan?a de ver a salva??o que Deus ofereceria a todos os povos. O grande desejo de Sime?o, o desejo que o sustentou ano ap?s ano, com fidelidade e expectativa, foi satisfeito. Estava ali, nos seus bra?os, o Salvador. Por isso ele canta:


Agora, Senhor, despede em paz o teu servo,


porque os meus olhos j? viram a tua salva??o,


a qual preparaste diante de todos os povos.


O sonho de Sime?o n?o ? individual, nem se refere apenas a seu povo. Ele v? mais longe, e revela a epifania de Jesus para todos os povos, “luz para iluminar as na?es”.


Fico imaginando o semblante desse velhinho com o beb? nos bra?os, cantando, louvando a Deus e confirmando a revela??o do Esp?rito. E fico imaginando Maria e Jos?, felizes sim, mas tamb?m mais cheios de d?vidas, confusos com a revela??o da miss?o de Jesus – “este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como sinal de contradi??o”.


Para mim, esta ? uma das cenas mais impressionantes do Natal. Porque fala da alegria da salva??o que Jesus traz, aproxima gera?es e expectativas em torno da Crian?a, mas fala tamb?m das incertezas da vida, da esperan?a que se renova, e do Deus-conosco, que se deixa carregar no colo.


E voc?, quer carregar um pouquinho? Quer trazer Jesus bem pertinho de voc??


Darlene Sch?tzer, membro do Corpo Editorial do jornal “Gaivota”, da Sociedade Metodista de Mulheres, Catedral Metodista de Piracicaba, SP


VEJA TAMB?M:


Poemas sobre o Natal: uma bela heran?a do Rev. Carlos Walter.


A beleza das Cantatas! Algumas igrejas j? fizeram suas apresenta?es e compartilham conosco sua alegria.


Uma mensagem do Rev. Ivam Pereira Barbosa, redator do Informativo da 5? RE


 

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