Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Quilombolas

Em Eldorado, Pólo de Educação à Distância da Universidade Metodista forma universitários(as) da comunidade quilombola

 

No município de Eldorado, no Vale do Ribeira, estado de São Paulo, funciona um dos pólos de educação à distância da Universidade Metodista. Os dezesseis cursos de nível superior oferecidos lá podem dar novos rumos à história dos jovens residentes na região, uma das mais pobres do estado. Dentre os alunos do Pólo existem atualmente 14 quilombolas, descendentes de escravos refugiados em quilombos ao longo dos séculos XVII e XVIII.

No dia 29 de novembro, como parte das comemorações do Mês da Consciência Negra, o Ministério de Ações Afirmativas Afro-descendentes da 3ª Região promoveu uma visita a um dos quilombos do Vale do Ribeira, o Ivaporunduva. Lá, o grupo pôde conhecer uma comunidade orgulhosa de suas origens e consciente de sua cidadania. A comunidade de Ivaporunduva vive da agricultura de subsistência e da venda de banana orgânica e artesanato. Muitos jovens pretendem continuar em suas terras de origem e, para isso, buscam estudo e capacitação na própria região. A parceria com a Universidade Metodista de São Paulo vem suprir uma carência de ofertas de ensino superior no Vale do Ribeira.

Segundo Cristina Américo, integrante da equipe de coordenação do Programa de Apoio a Universitários(as) Quilombolas, a meta é chegar a 100 estudantes em três anos. Para isso, eles contam com a solidariedade de pessoas que possam dar apoio financeiro ou atuar como mentores do curso, compartilhando experiências e conhecimentos com os alunos e alunas.

O apoiador financeiro pode contribuir com o valor integral ou uma parcela do custo da mensalidade, que é de cerca de R$200,00. Se quiser e puder, ajuda com materiais escolares, livros, cesta básica, agasalhos, cursos especiais, inscrição em Congressos, etc

O mentor escolhe um(a) aluno(a) e acompanha seu desenvolvimento escolar e pessoal, provendo apoio moral, encorajamento, visão e recomendações. E se quiser, pode visitar o estudante no quilombo.

Os(as) estudantes beneficiados(as) pelo programa comprometem-se a dar o melhor de si nos estudos e realizarem no mínimo quatro horas semanais de trabalho voluntário. "Estamos felizes com as possibilidades de parcerias com os integrantes do Ministério AA - Afro e sua coordenação no apoio em uma ou mais áreas que se fazem extremamente necessárias para o sucesso acadêmico do universitário (a) quilombola", diz Cristina Américo.

Se você quiser participar deste projeto, entre em contato com a coordenadora do ministério, Diná da Silva Branchini, pelo telefone (11) 4743-2780 ou e-mail: disilvabranchini@uol.com.br

Veja também:

Educação via satélite: Saiba como funciona o pólo de Educação à Distância da Metodista



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