Nos dias que se sucederam ao 18? Conc?lio Geral da Igreja Metodista, o lema wesleyano "pensar e deixar pensar" foi exercitado com renovado ?nimo: pessoas de todo o pa?s manifestaram suas opini?es com rela??o aos fatos ocorridos no Conc?lio. ? reda??o do Expositor Crist?o chegaram cerca de 50 mensagens, enviadas por pastores(as) e leigos(as) ao e-mail expositor@metodista.org.br ou comunicacao@metodista.org.br. Pelo Livro de Visitas do portal metodista (www.metodista.org.br), recebemos 26 mensagens diretamente relacionadas ao Conc?lio entre os dias 10 e 24 de julho. A maioria delas comenta a decis?o conciliar de retirar a Igreja Metodista de ?rg?os ecum?nicos nos quais haja presen?a da Igreja Cat?lica.
A seguir, voc? tem  uma pequena amostra desta participa??o. Atribui-se ao fil?sofo franc?s Voltaire (1694-1778) uma frase que lembra muito essa "democracia wesleyana": Posso n?o concordar com nada do que dizes. Mas defenderei at? a morte o seu direito de diz?-lo. Que sejam essas, tamb?m, as nossas palavras e nossa disposi??o de esp?rito, direcionadas pelo amor crist?o.
 

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Mensagens enviadas ao Expositor e site metodista:

Como corpo de Cristo, nosso olhos est?o cheios de l?grimas pela  triste decis?o tomada por parte dos(as) 79 delegados(as) da Igreja Metodista no Brasil no 18? Conc?lio Geral da Igreja que deliberou a exclus?o da Igreja dos ?rg?os ecum?nicos. Nesse ato vemos um retrocesso hist?rico, uma marca de destrui??o e morte ao inv?s de um esfor?o para construir um mundo mais fraterno e solid?rio e semear a vida. Maria e Rev. Dr. Robert Stephen Newnum – Membros do Movimento Ecum?nico de Maring? – MECUM.

Quem somos n?s, Igreja Metodista (ou igrejas chamadas Crist?s)? Os ?nicos detentores da Verdade? Os puros? Os separados? Os que est?o certos? Os fi?is ? Palavra? Os que n?o se misturam? Os que realmente seguem a Cristo? Quem somos n?s para evitarmos o encontro, a comunh?o com quem pensa de forma diferente? S? aceitamos trabalhar, estar junto de quem pensa como n?s pensamos? Temo pelas respostas… S?rgio Paulo Nunes Teixeira Braga – Membro da Igreja Metodista na Lapa, SP.

Parabenizo a Igreja Metodista pela s?bia decis?o de retirar-se do CONIC. Tenho certeza que esta atitude representa bem o “esp?rito do metodismo”, que, desde John Wesley levou t?o a s?rio a B?blia, a verdadeira palavra de Deus. Jo?o Eder Graebin, pastor (pelo site).

Tomamos conhecimento da not?cia da decis?o tomada no 18? Conc?lio Geral da Igreja Metodista, no sentido de se retirar de "?rg?os ecum?nicos com a presen?a da Igreja Cat?lica e grupos n?o crist?os" (conforme site da Igreja Metodista), portanto tamb?m do CONIC. Como ? ?bvio, respeitamos integralmente a decis?o da igreja co-irm?, tomada de acordo com a convic??o majorit?ria de seus conciliares. Ainda assim, com base nos la?os fraternos que t?m t?o belamente congra?ado nossas igrejas co-irm?s, queremos compartilhar fraternalmente que a not?cia entristeceu profundamente o nosso cora??o. Walter Altmann, Pastor Presidente da Igreja Evang?lica de Confiss?o Luterana no Brasil (IECLB)

A B?blia manda o crist?o n?o se assentar em roda de escarnecedores (Salmo 1,1), n?o se colocar em jugo desigual com incr?dulos (II Cor?ntios 6, 14-18), nem cumprimentar quem, se dizendo crist?o, seja, por exemplo, id?latra (I Cor?ntios 5, 9-13), nem ser participante da mesa do Senhor e da mesa dos dem?nios (I Co 10,16-22), nem ser c?mplice das obras infrut?feras das trevas (Ef. 5, 1-17). A Igreja Cat?lica, da qual j? fui membro, escarnece da Gra?a de Deus, ? incr?dula quanto ? salva??o pela f? e a outras doutrinas crist?s indispens?veis, ? id?latra, ? c?mplice da idolatria e das mentiras de dem?nios mentirosos, que se manifestam no mundo todo como santos e como Maria, portanto ela comunga com estes. Assim temos todos os motivos da B?blia para ficarmos longe da Igreja Cat?lica. Pedro Ant?nio de Jesus Baptista – Membro da Igreja Metodista em Cascadura / RJ

Neste mundo dividido por tantas guerras e marcado por tantas viol?ncias, esta decis?o do Concilio da Igreja Metodista do Brasil n?o somente nos entristece como crist?os, mas ao retomar sem constrangimento, o modelo de Igreja que concorre com outra por fregueses e em nome de Jesus, em nada contribui para a paz e para a causa do Evangelho do reino de Deus. Com voc?s, no choro e na Esperan?a, seus irm?os do CAIC, Conselho Amaz?nico de Igrejas Crist?s. Rev. Marcos Fernando Barros de Souza – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

Todos n?s sabemos que o movimento ecum?nico ? um princ?pio de obedi?ncia ao desejo e mandamento de Jesus, conforme Jo?o 17. Sabemos tamb?m que a diversidade ? riqueza; faz-nos aprender mais, desafia-nos mais, mostra-nos outros rostos fraternos onde n?o imagin?vamos; o Esp?rito nos surpreende quando nos mostra a estranha relatividade de nossas verdades diante da Verdade, que ? Cristo, tamb?m vis?vel para al?m das muitas estruturas religiosas denominadas crist?s. Meus queridos irm?os e irm?s, n?o temos sabedoria, n?o temos a inten??o, nem o direito de lhes dar conselhos. Temos o dever de lhes dar AMOR incondicional. E sabemos que todas as institui?es passar?o, nossa gera??o j? est? em fase de ultrapassagem, como outras estar?o, no futuro todo que o Pai nos reserva. Com o nosso lamento, o nosso sempre dispon?vel abra?o fraterno. Rev. Manoel de Souza Miranda, Moderador do Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil – IPU

Parab?ns pela sa?da da Igreja desse ecumenismo com outras religi?es que n?o t?m a mesma vis?o da nossa Igreja. N?o podemos concordar com lideran?as que n?o t?m a dire??o de Deus. Parab?ns Conc?lio, por essa decis?o t?o importante! Maur?cio Majella, membro da Igreja Metodista de Cabo Frio, RJ.

Participo do movimento ecum?nico h? quase cinq?enta anos e em nenhum momento abdiquei da minha heran?a protestante, muito menos da minha identidade metodista. Ao contr?rio, quanto mais me envolvi no movimento ecum?nico, mais me vi for?ado a ter mais clareza da minha f? e da minha identidade metodista. Anivaldo Padilha, Leigo, 3? Regi?o Eclesi?stica

O ecumenismo n?o ?: 1) juntar igrejas diferentes numa s? (no caso, os evang?licos voltarem para a igreja cat?lica); 2) submeter hierarquicamente igrejas diferentes ? dire??o e controle de uma outra qualquer; 3) tentar uniformizar doutrinas, costumes, organiza??o e tradi?es; 4) aceitar passivamente a f? e as doutrinas que os outros grupos religiosos crist?os t?m, inclusive aqueles pontos com os quais discordamos enfaticamente e que at? nos fazem sentir desconfort?veis, e fazer de conta que est? tudo bem; 5) deixar de evangelizar; 6) o que pentecostais e at? mesmo alguns cat?licos dizem que ? ecumenismo, ou seja, as coisas acima descritas. O ecumenismo ?:  1) reconhecer nossas diferen?as (algumas delas t?o enormes, que jamais ser?o superadas nessa vida) e mesmo assim sermos capazes, para a honra e gl?ria de Deus, de nos respeitarmos mutuamente e vivermos em paz; 2) procurar, ? luz do bom senso, da ora??o e da Palavra de Deus, um relacionamento fraterno entre igrejas, grupos e pessoas diferentes que aceitam dialogar respeitosamente sobre suas diferen?as, e construindo, sempre que poss?vel, pontes de entendimento, solidariedade, servi?os em prol da vida e da justi?a e at? a grande utopia da unidade (n?o uniformidade!) crist?;  3) dialogar com quem ? diferente, mas sem esquecer a tarefa de afirmar nossa f? e dar o nosso testemunho tal como cremos. ? isso o que est? na Pastoral sobre Ecumenismo, lan?ada recentemente pelos Bispos da nossa Igreja. Rev. Ronan Boechat de Amorim, pastor da Igreja Metodista de Vila Isabel, RJ