Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Metodistas avaliam Concílio Geral


Nos dias que se sucederam ao 18º Concílio Geral da Igreja Metodista, o lema wesleyano "pensar e deixar pensar" foi exercitado com renovado ânimo: pessoas de todo o país manifestaram suas opiniões com relação aos fatos ocorridos no Concílio. À redação do Expositor Cristão chegaram cerca de 50 mensagens, enviadas por pastores(as) e leigos(as) ao e-mail expositor@metodista.org.br ou comunicacao@metodista.org.br. Pelo Livro de Visitas do portal metodista (www.metodista.org.br), recebemos 26 mensagens diretamente relacionadas ao Concílio entre os dias 10 e 24 de julho. A maioria delas comenta a decisão conciliar de retirar a Igreja Metodista de órgãos ecumênicos nos quais haja presença da Igreja Católica.
A seguir, você tem  uma pequena amostra desta participação. Atribui-se ao filósofo francês Voltaire (1694-1778) uma frase que lembra muito essa "democracia wesleyana": Posso não concordar com nada do que dizes. Mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo. Que sejam essas, também, as nossas palavras e nossa disposição de espírito, direcionadas pelo amor cristão.
 

LEIA TAMBÉM

Comentário da Revda Eunice de Araújo Oliveira (esposa do Bispo João Alves)

Rescaldo do Concílio (texto do Bispo Nelson Luiz Campos Leite). 

O futuro das religiões (artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo) e um comentário sobre este artigo, sob a ótica metodista, pelo pastor Omir Wesley, da Pastoral do IALIM.   Clique aqui se preferir ir direto ao texto do Rev. Omir Wesley.

Um ponto de vista jurídico sobre as decisões do Concílio acerca do ecumenismo - (artigo do Pr. Lair Filho, publicado no site Metodistas&Ecumênic@s )

Parecer Jurídico - (artigo do Pr. Dino Ari Fernandes em resposta ao artigo do Pr. Lair)

Parecer do parecer jurídico (artigo do Dr. Elias Lopes de Carvalho, em apoio ao Pr. Dino Ari Fernandes)

Blog recebe reações à decisão conciliar

Mensagens enviadas ao Expositor e site metodista:

Como corpo de Cristo, nosso olhos estão cheios de lágrimas pela  triste decisão tomada por parte dos(as) 79 delegados(as) da Igreja Metodista no Brasil no 18º Concílio Geral da Igreja que deliberou a exclusão da Igreja dos órgãos ecumênicos. Nesse ato vemos um retrocesso histórico, uma marca de destruição e morte ao invés de um esforço para construir um mundo mais fraterno e solidário e semear a vida. Maria e Rev. Dr. Robert Stephen Newnum - Membros do Movimento Ecumênico de Maringá - MECUM.

Quem somos nós, Igreja Metodista (ou igrejas chamadas Cristãs)? Os únicos detentores da Verdade? Os puros? Os separados? Os que estão certos? Os fiéis à Palavra? Os que não se misturam? Os que realmente seguem a Cristo? Quem somos nós para evitarmos o encontro, a comunhão com quem pensa de forma diferente? Só aceitamos trabalhar, estar junto de quem pensa como nós pensamos? Temo pelas respostas... Sérgio Paulo Nunes Teixeira Braga - Membro da Igreja Metodista na Lapa, SP.

Parabenizo a Igreja Metodista pela sábia decisão de retirar-se do CONIC. Tenho certeza que esta atitude representa bem o "espírito do metodismo", que, desde John Wesley levou tão a sério a Bíblia, a verdadeira palavra de Deus. João Eder Graebin, pastor (pelo site).

Tomamos conhecimento da notícia da decisão tomada no 18º Concílio Geral da Igreja Metodista, no sentido de se retirar de "órgãos ecumênicos com a presença da Igreja Católica e grupos não cristãos" (conforme site da Igreja Metodista), portanto também do CONIC. Como é óbvio, respeitamos integralmente a decisão da igreja co-irmã, tomada de acordo com a convicção majoritária de seus conciliares. Ainda assim, com base nos laços fraternos que têm tão belamente congraçado nossas igrejas co-irmãs, queremos compartilhar fraternalmente que a notícia entristeceu profundamente o nosso coração. Walter Altmann, Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)

A Bíblia manda o cristão não se assentar em roda de escarnecedores (Salmo 1,1), não se colocar em jugo desigual com incrédulos (II Coríntios 6, 14-18), nem cumprimentar quem, se dizendo cristão, seja, por exemplo, idólatra (I Coríntios 5, 9-13), nem ser participante da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (I Co 10,16-22), nem ser cúmplice das obras infrutíferas das trevas (Ef. 5, 1-17). A Igreja Católica, da qual já fui membro, escarnece da Graça de Deus, é incrédula quanto à salvação pela fé e a outras doutrinas cristãs indispensáveis, é idólatra, é cúmplice da idolatria e das mentiras de demônios mentirosos, que se manifestam no mundo todo como santos e como Maria, portanto ela comunga com estes. Assim temos todos os motivos da Bíblia para ficarmos longe da Igreja Católica. Pedro Antônio de Jesus Baptista - Membro da Igreja Metodista em Cascadura / RJ

Neste mundo dividido por tantas guerras e marcado por tantas violências, esta decisão do Concilio da Igreja Metodista do Brasil não somente nos entristece como cristãos, mas ao retomar sem constrangimento, o modelo de Igreja que concorre com outra por fregueses e em nome de Jesus, em nada contribui para a paz e para a causa do Evangelho do reino de Deus. Com vocês, no choro e na Esperança, seus irmãos do CAIC, Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs. Rev. Marcos Fernando Barros de Souza - Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

Todos nós sabemos que o movimento ecumênico é um princípio de obediência ao desejo e mandamento de Jesus, conforme João 17. Sabemos também que a diversidade é riqueza; faz-nos aprender mais, desafia-nos mais, mostra-nos outros rostos fraternos onde não imaginávamos; o Espírito nos surpreende quando nos mostra a estranha relatividade de nossas verdades diante da Verdade, que é Cristo, também visível para além das muitas estruturas religiosas denominadas cristãs. Meus queridos irmãos e irmãs, não temos sabedoria, não temos a intenção, nem o direito de lhes dar conselhos. Temos o dever de lhes dar AMOR incondicional. E sabemos que todas as instituições passarão, nossa geração já está em fase de ultrapassagem, como outras estarão, no futuro todo que o Pai nos reserva. Com o nosso lamento, o nosso sempre disponível abraço fraterno. Rev. Manoel de Souza Miranda, Moderador do Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil - IPU


Parabéns pela saída da Igreja desse ecumenismo com outras religiões que não têm a mesma visão da nossa Igreja. Não podemos concordar com lideranças que não têm a direção de Deus. Parabéns Concílio, por essa decisão tão importante! Maurício Majella, membro da Igreja Metodista de Cabo Frio, RJ.

Participo do movimento ecumênico há quase cinqüenta anos e em nenhum momento abdiquei da minha herança protestante, muito menos da minha identidade metodista. Ao contrário, quanto mais me envolvi no movimento ecumênico, mais me vi forçado a ter mais clareza da minha fé e da minha identidade metodista. Anivaldo Padilha, Leigo, 3ª Região Eclesiástica

O ecumenismo não é: 1) juntar igrejas diferentes numa só (no caso, os evangélicos voltarem para a igreja católica); 2) submeter hierarquicamente igrejas diferentes à direção e controle de uma outra qualquer; 3) tentar uniformizar doutrinas, costumes, organização e tradições; 4) aceitar passivamente a fé e as doutrinas que os outros grupos religiosos cristãos têm, inclusive aqueles pontos com os quais discordamos enfaticamente e que até nos fazem sentir desconfortáveis, e fazer de conta que está tudo bem; 5) deixar de evangelizar; 6) o que pentecostais e até mesmo alguns católicos dizem que é ecumenismo, ou seja, as coisas acima descritas. O ecumenismo é:  1) reconhecer nossas diferenças (algumas delas tão enormes, que jamais serão superadas nessa vida) e mesmo assim sermos capazes, para a honra e glória de Deus, de nos respeitarmos mutuamente e vivermos em paz; 2) procurar, à luz do bom senso, da oração e da Palavra de Deus, um relacionamento fraterno entre igrejas, grupos e pessoas diferentes que aceitam dialogar respeitosamente sobre suas diferenças, e construindo, sempre que possível, pontes de entendimento, solidariedade, serviços em prol da vida e da justiça e até a grande utopia da unidade (não uniformidade!) cristã;  3) dialogar com quem é diferente, mas sem esquecer a tarefa de afirmar nossa fé e dar o nosso testemunho tal como cremos. É isso o que está na Pastoral sobre Ecumenismo, lançada recentemente pelos Bispos da nossa Igreja. Rev. Ronan Boechat de Amorim, pastor da Igreja Metodista de Vila Isabel, RJ

 


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